O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) declarou, em pronunciamento nesta terça-feira (22), que não vai concorrer ao governo do Amapá nas eleições de 2022. O parlamentar agradeceu a população do estado e afirmou que seus esforços serão para manter a unidade dos partidos do campo democrático. Randolfe disse ainda ter aceito o convite do ex-presidente Lula para integrar sua coordenação de campanha ao Palácio do Planalto.
— Meu papel será muito mais útil em ajudar a construir um novo tempo para o Brasil, aceitando o convite honroso e gentilmente formulado a mim pelo Presidente Lula neste momento, principal representante das forças de oposição em nosso país, porque a superação deste atual tempo triste será fundamental para que o Amapá volte a crescer. São centenas de avanços que só serão possíveis quando virarmos esta página da história.
O senador lamentou que o Amapá tem os piores indicadores socioeconômicos do Brasil, com 15,4% da população desempregada. De acordo com ele, 56% da população do estado está abaixo da linha da pobreza, o que representa a pior taxa de todo o Brasil.
— Tudo isso se reflete no aumento da violência, da criminalidade, no aumento das facções criminosas, na constituição de um fenômeno que não existia em Macapá, em Santana: as facções criminosas. Tudo isso se reflete no desalento de pessoas pedindo esmolas nas esquinas, nos sinais de trânsito de Macapá. A realidade do Amapá não mudará se não mudarmos a realidade do Brasil.
Randolfe recordou ainda o apagão de energia elétrica que o estado sofreu, em novembro de 2020, durante a pandemia de covid-19. Segundo ele, a população sofreu enormes prejuízos, com 90% das pessoas sem energia, água, telefonia, internet e combustível.
— A responsabilidade disso foi do governo federal, que teve completo descaso, seja por parte da Agência Nacional de Energia Elétrica, seja por parte do Ministério das Minas e Energia — criticou.
O senador Omar Aziz (PSD-AM) e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, manifestaram apoio a decisão de Randolfe em permanecer na Casa. Pacheco destacou que o senador vem honrando a liderança de oposição do Senado, trabalhando de forma contundente e fundamentada.
— Quero demonstrar meu profundo respeito por Vossa Excelência e pela opção tomada em relação a campanha de 2022 — afirmou Pacheco.