Em pronunciamento nesta quarta-feira (9), a senadora Leila Barros (Cidadania-DF) defendeu a derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro à lei que prevê a distribuição gratuita de absorventes femininos para mulheres de baixa renda (Veto 59/2021). O veto pode ser apreciado nesta quinta-feira (10) durante sessão do Congresso Nacional.
A senadora, que está à frente da Procuradora Especial da Mulher no Senado, afirmou que a decisão do governo federal de editar nesta semana um decreto permitindo a distribuição de absorventes para mulheres de baixa renda veio com atraso — o veto de Bolsonaro havia sido feito no ano passado. Também disse a medida do Executivo custará mais caro aos cofres públicos, pois, segundo ela, a proposta original vetada pelo presidente previa que seriam investidos R$ 84 milhões, em contraste com os R$ 130 milhões anunciados nesta semana pelo governo.
— Na prática, o governo federal atrasou por cinco meses a eficácia de uma política pública que visava atender 5,6 milhões de mulheres carentes a cada ciclo menstrual. O fato é que se trata de mulheres vulneráveis, que sofreram por cinco meses por um capricho do governo federal, que agora, atrasado, ainda reduz o número de beneficiadas para apenas 2 milhões de mulheres — protestou Leila.