Três novos diretores da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) tiveram os nomes aprovados nesta quinta-feira (7) pelo Plenário do Senado. Cláudio Jorge Martins de Souza, Daniel Maia Vieira e Fernando Wandscheer de Moura Alves devem ocupar os cargos pelos próximos quatro anos.
Os três foram indicados pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, para cargos de diretoria na agência. As indicações para a diretoria de agências reguladoras precisam passar pela aprovação do Senado. Os três haviam sido sabatinados pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado na quarta-feira (7). O futuro do setor do petróleo no país foi o tema dominante nas sabatinas dos indicados.
A indicação de Fernando Wandscheer de Moura Alves (MSF 19/2022) foi aprovada em Plenário com 44 votos favoráveis e cinco contrários. Desde junho do ano passado, ele é secretário-executivo do Ministério de Meio Ambiente. Antes disso, foi secretário de Modernização Institucional da Secretaria-Geral da Presidência da República, secretário de Parcerias do Ministério da Cidadania e secretáro-executivo-adjunto da Casa Civil da Presidência da República, todos durante o governo Bolsonaro.
Claudio Jorge Martins de Souza teve a indicação (MSF 22/2022) aprovada em Plenário por 41 votos a 4. Desde 2017, ele é superintendente de Dados Técnicos da ANP, onde ingressou por concurso público em 2005. Na agência, atuou ainda na análise de projetos e no comitê técnico-científico, que tem entre suas atribuições estabelecer diretrizes para a aplicação dos recursos advindos das cláusulas contratuais de investimento.
Já a indicação de Daniel Maia Vieira (MSF 35/2022) recebeu em Plenário 41 votos favoráveis e um contrário. Profissionalmente, atuou como analista de finanças e controle da Controladoria-Geral da União (CGU) entre 2006 e 2008, onde coordenou equipes de auditoria em projetos financiados por bancos e agências internacionais de fomento. Auditor de controle externo do Tribunal de Contas da União (TCU), ele atua desde 2008 em trabalhos ligados a desestatização e regulação.
Criada em 1997, a agência, vinculada ao Ministério das Minas e Energia, é o órgão regulador das atividades que integram as indústrias de petróleo e gás natural e de biocombustíveis no Brasil. A ANP é conduzida por uma diretoria colegiada, composta de um diretor-geral e quatro diretores técnicos, com mandatos de quatro anos.