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Servidora do MEC confirma a senadores que relatou denúncia ao ministro
Em depoimento aos senadores na Comissão de Educação (CE) do Senado nesta quarta-feira (4), Vanessa Reis Souza, chefe da assessoria do cerimonial do...
04/05/2022 11h25
Por: Redação Fonte: Agência Senado

Em depoimento aos senadores na Comissão de Educação (CE) do Senado nesta quarta-feira (4), Vanessa Reis Souza, chefe da assessoria do cerimonial do Ministério da Educação (MEC) na gestão de Milton Ribeiro, confirmou ter levado ao conhecimento do então ministro uma denúncia de pedidos indevidos de regalias após evento em Nova Odessa (SP), em agosto passado.

O depoimento de Vanessa faz parte da apuração, pela comissão, de denúncias de irregularidades no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Essas denúncias levaram Milton Ribeiro a deixar o ministério, em março.

Os pedidos indevidos foram relatados por José Evaldo Brito, interlocutor ligado à prefeitura de Nova Odessa. Como responsável pelo protocolo do cerimonial, Vanessa compareceu ao evento no município paulista. Na ocasião, Brito informou a ela ter recebido antes do evento, de pessoas que disseram ser ligadas ao MEC, pedidos de "emissão de passagens, hospedagem e outros que eu não gostaria de entrar no mérito". Brito solicitou uma agenda com o ministro, para fazer pessoalmente a mesma denúncia. Vanessa  disse que levou ao ministro o relato de Brito e o pedido de marcação da audiência, que efetivamente ocorreu no mês seguinte.

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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do requerimento para ouvir a servidora, questionou-a sobre a influência dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura dentro do Ministério da Educação. Ela confirmou que os dois participaram de pelo menos nove atendimentos a prefeitos que reivindicavam verbas do FNDE para a construção de creches e escolas.

Antes da reunião, o presidente da comissão, senador Marcelo Castro (MDB-PI), afirmou à TV Senado que o colegiado ainda pretende ouvir dois diretores do FNDE (o diretor de Ações Educacionais, Garigham Amarante Pinto, e o diretor de Gestão, Articulação e Projetos Educacionais, Gabriel Vilar) antes de considerar a eventual criação de uma comissão parlamentar de inquérito sobre as irregularidades no FNDE.

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