O senador Plínio Valério (PSDB-AM) qualificou como “enganação” o programa Pró-Amazônia Legal e disse que o governo federal quer apresentá-lo como uma compensação pelas perdas que a Zona Franca de Manaus está sofrendo.
Em pronunciamento nesta quarta-feira (4), o parlamentar disse que o Pró-Amazônia Legal cumpre, na verdade, uma disposição legislativa para o processo de desestatização da Eletrobras e, segundo decreto editado pelo Palácio do Planalto, receberá, a partir de janeiro de 2023, recursos anuais de R$ 295 milhões. Acrescentou que, de acordo com o texto, o programa compreenderá medidas que aprimorem a navegabilidade do rio Madeira e do rio Tocantins.
— Pode até nutrir obras durante a sua duração, mas jamais dará parte dos empregos que a Zona Franca proporciona. Uma coisa é completamente diferente da outra — afirmou.
Plínio Valério destacou que é bem diferente conduzir obras e garantir algum investimento regional, que é o caso do Pró-Amazônia Legal, de proporcionar desenvolvimento sustentável, como faz a Zona Franca, que cria empregos, oferece alternativas e preserva a floresta.
O senador denunciou que estão tirando a competitividade da Zona Franca, ignorando que é um modelo que deu certo e que hoje emprega 87 mil pessoas diretamente e umas 500 mil indiretamente. E ressaltou que a preservação de 97% da floresta no estado do Amazonas é uma consequência do advento da Zona Franca.
Plínio Valério concluiu afirmando que “estão atingindo de morte o Amazonas e estão atingindo de morte a Amazônia. O nome disso é governo federal”.