O senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) criticou, em pronunciamento nesta terça-feira (24), a troca sucessiva de presidentes da Petrobras. Para ele, o presidente Jair Bolsonaro e seus assessores "são ruins" na hora de nomear um presidente para a empresa, sendo que esta já e a quarta nomeação e os preços continuam subindo.
Oriovisto destacou que Bolsonaro coloca a culpa da alta dos preços dos combustíveis no presidente da Petrobras e acaba demitindo pessoas extremamente competentes.
— Isso é uma lógica da política, isso não é lógica da economia; isso revela que este governo não tem política nenhuma, porque, se tivesse uma política para preços de combustíveis, preços de energia, discutiriam com esses presidentes — afirmou.
O parlamentar também ressaltou a necessidade de o presidente da República, juntamente com seus ministros, assessores e com os presidentes que a Petrobras já teve ser capaz de apresentar um projeto. O senador disse que “esse jogo de ficar colocando a culpa em alguém por algo que nós não temos a competência de resolver já cansou”.
— Troca-se o presidente porque se quer um presidente mágico que contrarie as leis do mercado e que a Petrobras segure o preço do combustível, que está subindo no mundo inteiro. Não se tem política, não se tem análise mais profunda. É a lógica da política, não é a lógica dos fatos. É um desrespeito à inteligência do povo brasileiro. O nosso país vai muito mal — afirmou.
Além disso, o senador fez críticas à PEC 63/2013, que estabelece o pagamento de adicional por tempo de serviço a magistrados e membros do Ministério Público, com a possibilidade de remuneração final acima do teto do funcionalismo. Oriovisto disse que o benefício devia ser estendido para todos os funcionários, mas que em todos os casos, para qualquer categoria, “não tem dinheiro e não é a prioridade”.
— O país deve cada vez mais, se afunda cada vez mais, mas exatamente por isso vai ser aprovado pelo Senado. Eu estou antecipando aqui: o Senado vai aprovar a PEC 63 e vai dar o quinquênio, e esse quinquênio vai significar R$ 7,5 bilhões de gasto por ano para beneficiar os funcionários públicos mais bem remunerados da República! Assim caminha este nosso país! É uma tristeza! — lamentou.