O senador Jean Paul Prates (PT-RN) defendeu, em pronunciamento em Plenário nesta quarta-feira (31), as razões para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizar medidas contra um grupo de empresários que teriam sido flagrados em conversas vazadas pelo WhatsApp em defesa de um golpe de Estado. Ele explicou que o ministro está atuando dentro da lei e a medida foi tomada com base em um pedido da Polícia Federal, sendo assim, é uma “ação tempestiva e necessária”.
O senador destacou que Alexandre de Moraes disse que nas mensagens trocadas entre os empresários há indícios de ocorrência de "delitos de abolição violenta do Estado democrático de direito, associação criminosa, golpe de Estado e interrupção do processo eleitoral".
Jean Paul ainda citou nota da Polícia Federal sobre as mensagens trocadas entre os empresários em grupos privados: "Tais mensagens demonstram a intenção, bem como apresentam a potencialidade de instigar uma parcela da população que, por afinidade ideológica e/ou por subordinação trabalhista (funcionários dos empresários), é constantemente utilizada para impulsionar o extremismo do discurso de polarização e antagonismo, por meios ilegais, podendo culminar em atos extremos contra a integridade física de pessoas politicamente expostas ou proporcionar condições para ruptura do Estado democrático de direito".
— Esses empresários que estão nesse grupo aí que foi descoberto não querem democracia. Estava lá claramente na mensagem: era para ter dado o golpe não sei quando, quando começou o governo. Era para ter dado o golpe no tal dia, no tal mês. Esse empresário quer democracia? Eu tenho minhas sérias dúvidas, mas vamos pelo caminho democrático da pesquisa, da indagação, da solicitação de esclarecimento, sem problema nenhum — afirmou.