O senador Esperidião Amin (PP-SC) foi eleito nesta quinta-feira (10) para a presidência da Comissão de Relações Exteriores (CRE). Seu mandato será tampão, até fevereiro de 2023, uma vez que o cargo estava vago após a licença da ex-presidente Katia Abreu (PP-TO), e do retorno à suplência de Margareth Buzetti (MT), que havia substituído Kátia.
Em sua primeira fala após tomar posse, Amin lembrou que sua gestão à frente da CRE "será curta, mas temos uma pauta muito relevante para tratar nos próximos 30 dias". Ele se referiu às 19 indicações de diplomatas para postos de representação do Brasil no exterior e à votação de 15 acordos internacionais, entre eles um "complexo acordo" de cooperação no setor de defesa com a Ucrânia.
Sobre a indicação dos diplomatas, Amin disse que este é o momento de o Itamaraty dar um "grande exemplo de espírito público" ao país, fazendo um apelo para que as 19 indicações sejam fruto de consenso entre a equipe de transição do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e a atual gestão comandada por Jair Bolsonaro.
— Temos que encarar que estamos em transição. Formulo publicamente um apelo aos encarregados da transição, no Itamaraty, para que deem ao país uma demonstração de republicanismo, fazendo com que as indicações sejam objeto, como tudo indica, de uma avaliação entre o governo sainte e o entrante, até para que o Senado possa exercitar seu dever. Para que o presidente do Senado [Rodrigo Pacheco] seja tranquilizado pelos representantes, de que as indicações são convalidadas por ambas as partes — pediu Amin.
Entre os dias 21 e 25 de novembro, o Senado fará um esforço concentrado, quando a CRE votará a indicação dos diplomatas e os 15 acordos internacionais. O objetivo é que indicações e acordos também sejam votados em Plenário nesse período.
Ainda nesta quinta-feira, a CRE confirmou o nome do senador Marcos do Val (Podemos-ES) como vice-presidente do colegiado até fevereiro de 2023.