A indicação do diplomata Tarcisio de Lima Ferreira Fernandes Costa para exercer o cargo de embaixador do Brasil no Líbano foi aprovada em Plenário nesta quarta-feira (23) com 41 votos favoráveis, dois contrários e duas abstenções. A indicação (MSF 78/2022) foi relatada pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS) e aprovada pela Comissão de Relações Exteriores após sabatina.
Fernandes Costa nasceu em 1960, em Recife e é mestre e doutor em Teoria Política. Ele Ingressou no Itamaraty em 1984, onde exerceu vários cargos. No exterior, serviu na Embaixada em Madri, como Ministro-Conselheiro, entre 2008 e 2009; Ministro-Conselheiro em Roma, de 2009 a 2013; e Cônsul-Geral no Consulado-Geral em Londres, de 2019 até o presente. No Brasil, o diplomata foi assessor especial da Presidência da República e assessor especial de ex-presidentes; assessor-chefe da Assessoria Internacional do Tribunal Superior Eleitoral, diretor do Departamento da América do Sul Setentrional e Ocidental e chefe da Assessoria de Imprensa do Gabinete do Ministro de Estado entre 2018 e 2019.
O relatório de Nelsinho Trad destacou a relação política de alta densidade entre o Brasil e o Líbano, tanto pela expressiva comunidade de descendentes de libaneses no Brasil quanto pela importância geopolítica do Líbano no contexto regional. Segundo estatísticas do Ministério da Economia brasileiro, o montante da corrente comercial entre Brasil e Líbano alcançou, em 2021, US$ 177,1 milhões, 10,6% a mais do que em 2020, com superávit de US$ 136,5 milhões para o lado brasileiro (-11,4% em relação a 2020).
Os países do Mercosul e o Líbano firmaram o Memorando de Entendimento sobre Comércio e Cooperação Econômica em dezembro de 2014, com o intuito de lançar as negociações de Acordo de Livre Comércio.
Em sabatina nesta quarta-feira, o indicado reconheceu a contribuição do Líbano para a formação nacional brasileira e salientou a grave situação econômica daquele país, que enfrenta elevados índices de pobreza e problemas em áreas como a de educação e de energia.
— É um quadro que inspira muita preocupação e reclama solidariedade internacional — disse o diplomata ao destacar o “olhar atento” por parte do Congresso Nacional para ajudar o povo libanês.