Senador Eduardo Girão (Podemos-CE) manifestou solidariedade ao povo Peruano pela tentativa de golpe de estado promovido pelo presidente do país, Pedro Castillo, que segundo ele, tem uma ideologia de esquerda radical.
— Houve a dissolução do Parlamento com a convocação de novas eleições, com a decretação do estado de exceção no país com toque de recolher. Mas, horas depois, por decisão da Suprema Corte e do Congresso, com o respaldo das Forças Armadas, foi feita a prisão do Presidente da República.
O senador traçou um paralelo com o que, segundo ele, vem acontecendo no Brasil, há três anos:
— Em doses homeopáticas, a gente vê os nossos tribunais superiores golpeando a nossa democracia. Tudo começou em 2019 com a decisão do STF pelo fim da prisão em segunda instância. Prosseguiu em 2021 com o mesmo STF decidindo pela anulação das condenações do Presidente Lula, ocorridas em três instâncias, com provas robustas da participação no maior esquema de corrupção da história do Brasil, que desviou mais de R$ 100 bilhões dos brasileiros.
O parlamentar lembrou da audiência pública, realizada na Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle ( CTFC), para ouvir brasileiros censurados, pessoas perseguidas por terem uma opinião divergente de ministros do Supremo Tribunal Federal. Ele voltou a a se referir ao papel do Senado nesse contexto:
— Não acatar nenhum dos 26 pedidos de impeachment do ministro Alexandre de Moraes ou não votar o PDL proposto pelo Senador Lasier Martins que limita os poderes dos ministros é assumir a triste e comprometedora condição de cúmplices.