O governador Romeu Zema participou, nesta terça-feira (28/2), em São Paulo, da 11ª edição do Fórum CardMonitor de Inteligência de Mercado. Zema foi um dos convidados para debater sobre “Perspectivas para o Brasil, para o Varejo e para o setor de Meios Eletrônicos de Pagamento. A importância da ética na política e nos negócios”.

Durante a abertura do painel, o governador afirmou que, nos últimos 30 anos, houve avanços na ética tanto na política quanto no mundo dos negócios. Segundo ele, áreas como governança e auditoria, no setor privado, passaram a ter papéis fundamentais na gestão e na transparência das empresas.

Já no campo político, Zema lembrou que empresas estatais, que no passado foram alvo de graves problemas de gestão e corrupção, passaram por aperfeiçoamentos por meio da aprovação da Lei das Estatais, em 2016.

“O Brasil inteiro acompanhou o que aconteceu na Petrobras com os casos de corrupção e conflitos de interesse envolvendo agentes públicos e o alto escalão da estatal. Pessoas despreparadas e desqualificadas ocupavam cargos estratégicos e relevantes. A nova legislação veio para fazer essa correção”, explicou.

O governador lembrou que, em Minas, desde que assumiu a gestão em 2019, o combate à corrupção nunca foi um programa, mas sim uma política de governo.

“Nos últimos quatro anos, fizemos mais acordos de leniência que em governos anteriores, trazendo para os cofres públicos mais de R$ 400 milhões”, disse, ressaltando o papel da Controladoria-Geral do Estado (CGE-MG) e da Advocacia-Geral do Estado (AGE-MG) nessas negociações.

Reformas

Romeu Zema defendeu durante sua apresentação que o desafio do país para alcançar um crescimento sustentável nas próximas décadas passa pelas reformas estruturantes, como a tributária, fiscal e administrativa.

“O Brasil é um país essencialmente carente de reformas. A complexidade tributária só aumenta, elevando o Custo Brasil”, afirmou.

De acordo com o governador, a reforma tributária é fundamental para a o Brasil crescer. Segundo ele, se as medidas que forem tomadas conseguirem reduzir a insegurança jurídica e simplificar procedimentos, já será um avanço extraordinário. “Também precisamos de um Estado mais eficiente. Daí a necessidade de uma reforma administrativa”, ponderou.

Em seus destaques finais, o chefe do Executivo mineiro ressaltou, ainda, o amadurecimento da sociedade brasileira nos últimos anos e avanços relacionados ao compromisso e responsabilidade com as contas públicas.