Representantes do movimento LGBTI+ se reuniram nesta terça-feira (7) com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para reivindicar a tramitação de matérias de apoio e proteção à comunidade. Em entrevista, participantes da reunião lamentaram que as pautas históricas LGBTI+ estejam excluídas do debate parlamentar.
A ativista Ísis Florescer, que atua na Secretaria da Mulher e Direitos Humanos de Alagoas, disse que a pauta LGBTI+ precisa de mais apoio do Executivo e do Legislativo, lembrando que as maiores conquistas de direitos para o segmento no Brasil se deram por decisões judiciais:
— Precisamos ter força de lei para que a sociedade possa se comprometer a respeitar essas pautas, como o casamento civil, o reconhecimento da identidade de gênero das pessoas trans e a questão da adoção por família LGBTQIA+.
Também presente à reunião, Matuzza Sankofa, ativista em apoio a pessoas trans e em situação de rua em São Paulo, disse esperar de Pacheco o apoio à criação de uma frente parlamentar LGBTI+, o que daria força à tramitação de vários projetos importantes.
— Viemos pela luta pelo Estatuto das Famílias, pela aprovação da criminalização da homofobia. Estamos lutando pelas pautas da comunidade LGBTI+ que historicamente é a mais violentada neste país, com expectativa de vida muito baixa, com 90% das pessoas trans na prostituição e alta evasão escolar.