O projeto "Arquivo Público Mineiro: Preservação do Patrimônio - segunda etapa” inicia nova fase com investimentos de R$ 432.429,38 via convênio, assinado nesta segunda-feira (20/3) com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). 

As prioridades nesta segunda etapa da parceria são a melhoria da segurança das edificações, o monitoramento das áreas de guarda e a conservação preventiva dos documentos do fundo Presidência da Província, por meio de reformatação (microfilmagem e digitalização) e disponibilização para acesso em meio digital. 

As ações serão realizadas por meio do projeto Semente, que determina que a gestão dos recursos será gerida via Associação Cultural do Arquivo Público Mineiro (ACAPM). "Garantir as condições ideais para conservação do patrimônio é fundamental para preservar história, documentos, nossa identidade. A etapa que vamos iniciar fortalece ainda mais nossa parceria com o Ministério Público de Minas Gerais, aliado do Governo de Minas para salvaguardar nossos bens culturais", define o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira. 

Acervo

O fundo Presidência da Província (1821-1889) é um acervo de grande dimensão, com 2.188 caixas que contêm cerca de 700 mil páginas de documentos que registram a rotina da administração do governo provincial. 

Um exemplos do que o acervo guarda é a Correspondência ao Presidente da Província de Minas Gerais sobre a posse de juízes eleitos no distrito de Sacramento, em Uberaba (MG). A carta foi produzida em 1837.

“É muito importante esse apoio que o Ministério Público tem dado ao Arquivo Público Mineiro para termos mais segurança para os nossos documentos, além de viabilizar melhorias das áreas de guarda. Essas estarão mais protegidas com a instalação de fechaduras eletrônicas que exigem uma senha”, pontua Bruno Balista, diretor do APM.

A segunda fase dos trabalhos envolve ainda outras etapas de segurança, principalmente relativas à movimentação de acervo para um controle maior até mesmo para atividades internas do Arquivo Público Mineiro. "Teremos tratamento de parte do acervo, com a microfilmagem e a digitalização de materiais, o que são medidas necessárias para a conservação e preservação dos documentos, facilitando também o acesso para o pesquisador. Esta é a importância desse projeto: reforçar a segurança e reformatar parte do acervo do período imperial do século XIX”,  afirma Ygor Souza, coordenador de Arquivos Permanentes do APM.

Etapas

O primeiro momento desse projeto ocorreu entre agosto e novembro de 2022. Além da implantação de um novo sistema segurança, foram adquiridos equipamentos para proteger, reparar e digitalizar documentos, otimizando a capacidade de armazenamento, o que poderá facilitar o acesso virtual de parte do acervo do APM pelo público.

Nessa etapa, foram investidos R$56.698,24, por meio de captação junto ao MPMG. 

Houve a aquisição e instalação de dispositivos como câmeras e telas, além da manutenção corretiva de 17 portas corta-fogo que são importantes na prevenção a incêndios. Essas ações também permitiram a ampliação do monitoramento das áreas de guarda, reduzindo, ainda, o risco de furtos do acervo.