Em seu pronunciamento em Plenário nesta terça-feira (21), o senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) comemorou o lançamento, no domingo (19), do foguete sul-coreano Hanbit-TLV, na base de Alcântara, no Maranhão. Esclareceu tratar-se de um pequeno lançador de satélites movido por um motor híbrido, algo extremamente importante para o desenvolvimento das tecnologias de lançadores. Pontes explicou, ainda, que o foguete levou a bordo um Sisnav, que é um sistema de navegação inercial desenvolvido com tecnologia totalmente nacional pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, importante para que o país tenha o desenvolvimento completo de foguetes de maior porte. Ele disse que o lançamento é fruto da maturidade institucional que o Brasil alcançou no Centro Espacial de Alcântara, com o plano de desenvolvimento integrado desse centro. — Já estive aqui [Congresso Nacional] várias vezes e conseguimos aprovar o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas com os Estados Unidos. Na época em que o fato ocorreu, já faziam 20 anos que o acordo estava no Congresso sem aprovação, por causa de narrativas erradas, de informações erradas. Então, eu vim muitas vezes aqui para explicar o que é esse acordo. Ele simplesmente diz que os Estados Unidos concordam que o Brasil lance foguetes e satélites de quaisquer países que tenham algum componente de empresa americana, desde que o país se comprometa a proteger essa tecnologia para ela não ser roubada, não ser copiada, o que, obviamente, nós cumpriríamos. O acordo é só isso, e com isso nós conseguimos a aprovação, depois de 20 anos — declarou. O senador destacou ainda os cinco eixos estruturantes do programa espacial: infraestrutura, foguetes, satélites, aplicações do espaço e parcerias.