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Girão destaca documento entregue à ONU sobre presos do 8/1
O senadorEduardoGirão (Novo-CE) comunicou, em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (2), que esteve junto com outros parlamentares na sede ...
02/08/2023 17h30
Por: Redação Fonte: Agência Senado
- Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O senadorEduardoGirão (Novo-CE) comunicou, em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (2), que esteve junto com outros parlamentares na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, para entregar um documento com alerta sobre abusos cometidos nas prisões dos participantes de ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro. A viagem ocorreu em julho, durante o recesso parlamentar, e segundo o senador foi custeada pelos próprios participantes da comitiva.

— Esse documento que fomos dar ciência ao embaixador Sérgio Danese [representante do Brasil na ONU] foi assinado por 100 congressistas e instruído a partir da audiência pública realizada no dia 13 de julho na Comissão de Segurança Pública do Senado, depois dos emocionados relatos de familiares e advogados dos presos ­­— afirmou.

De acordo com ele, a iniciativa de entregar o documento foi tomada após tentativas de informar as violações de direitos humanos sofridas por brasileiros em função dos acontecimentos dos dias 8 e 9 de janeiro: "advogados sem acesso aos autos do processo, atraso deliberado nas audiências de custódia, acusações genéricas sem a devida individualização da conduta".

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— Estão registrados inúmeros casos que configuram a situação de presos políticos. Mais de mil brasileiros, pais e mães de família, idosos e crianças, que permaneceram concentrados de frente aos quartéis de forma ordeira e pacífica, foram encarcerados sem terem tido nenhuma participação nos deploráveis atos de depredação dos prédios públicos, que a cada dia ficam mais estranhos — declarou.

Girão se declarou surpreso com as notícias de que o grupo teria errado o local da viagem ao ir para Nova York, já que o Comitê de Direitos Humanos da ONU funciona em Genebra, na Suíca.

— Parece que não entenderam o que a gente foi fazer. É um procedimento de dar ciência ao embaixador. É óbvio que o Comitê de Direitos Humanos da ONU fica em Genebra, mas o escritório da Missão do Brasil na ONU é em Nova York, todo mundo sabe disso.