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Ministra do Planejamento pede ao Congresso que aprove despesas condicionadas no Orçamento de 2024
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados Simone Tebet discutiu a LDO de 2024 na Comissão Mista de Orçamento A ministra do Planejamento e Orçamento, S...
30/08/2023 19h06
Por: Redação Fonte: Agência Câmara de Notícias
Simone Tebet discutiu a LDO de 2024 na Comissão Mista de Orçamento - (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, pediu ao Congresso que aprove a inclusão de despesas condicionadas no Orçamento de 2024. Segundo ela, após atender despesas discricionárias que são praticamente obrigatórias, sobram apenas R$ 55 bilhões para gastos diversos. Nesta conta estão R$ 32 bilhões em despesas condicionadas à variação da inflação estimada para o ano.

As despesas praticamente obrigatórias são o atendimento dos pisos da Educação e da Saúde, o novo piso para investimentos, as emendas impositivas, e repasses para o Censo e o Fundo Nacional da Criança e do Adolescente. A ministra participou de audiência pública da Comissão Mista de Orçamento (CMO) para discutir o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 (PLN 4/23).

O uso da estimativa da inflação para o ano na correção das receitas estava no arcabouço fiscal aprovado no Senado, mas a Câmara optou por discutir a regra todo ano na LDO. Tebet disse que será muito difícil deixar para reorganizar o Orçamento no final do ano. “Que neste ano nós possamos já projetar as despesas e só iremos executá-las, obviamente, se no final do ano as projeções do mercado, Banco Central e do próprio Ministério da Fazenda se confirmarem. Ou seja, que lamentavelmente, no segundo semestre, nós teremos a inflação um pouquinho maior que a do primeiro semestre”, disse.

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Déficit zero
A ministra afirmou que a meta de déficit zero para 2024 vai depender de receitas que estão em discussão no Congresso e na Justiça. Do lado das despesas, o governo, segundo ela, está trabalhando na avaliação do custo-benefício dos gastos atuais. E mencionou estudos do Tribunal de Contas da União (TCU) que apontam fraudes e erros nas despesas do INSS em até 8%. A ministra também falou em rever a quantidade de ações orçamentárias, mais de 1.200.

O deputado Alberto Mourão (MDB-SP) defendeu a avaliação dos gastos. “Você cria um programa e deveria ter um tempo para rever aquele programa porque ele não está dando os resultados que você programou, mas ele continua sendo feito, o que na realidade é um desperdício de recursos públicos”.

O relator da LDO 2024, deputado Danilo Forte (União-CE), mostrou preocupação com a obtenção das metas fiscais. Ele também cobrou a execução das emendas parlamentares e sugeriu a criação de um cronograma de pagamentos. “Fica um jogo muito grande de empurra e dá margem inclusive para uma distorção política do toma-lá-dá-cá que a gente superou desde que eu fui relator da LDO de 2015, quando construímos as emendas individuais impositivas”.

Danilo Forte e outros parlamentares também disseram que os prefeitos estão reclamando muito da redução dos repasses da União.

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Simone Tebet disse que em 2024 será necessário discutir como serão pagos os precatórios, que são dívidas do governo julgadas pela Justiça. Ela informou que o estoque deve aumentar em mais R$ 100 bilhões no ano que vem.