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Sabatina de Paulo Gonet, indicado para a PGR, será na proxima quarta
O senador Jaques Wagner (PT-BA) leu nesta quarta-feira (6) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) o relatório sobre a indicação de Paulo Gonet...
06/12/2023 14h04
Por: Redação Fonte: Agência Senado

O senador Jaques Wagner (PT-BA) leu nesta quarta-feira (6) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) o relatório sobre a indicação de Paulo Gonet para ocupar o cargo de procurador-geral da República. O presidente do colegiado, senador Davi Alcolumbre (União-AP), concedeu vista coletiva ao texto ( MSF 89/2023 ) e marcou a sabatina do indicado para a próxima quarta-feira (13).

Paulo Gustavo Gonet Branco, 62 anos, é formado em Direito pela Universidade de Brasília (UnB), onde também concluiu o doutorado. Tem mestrado em Direito pela Universidade de Essex (Reino Unido).

O indicado passou em primeiro lugar nos concursos para promotor de Justiça do Distrito Federal, em 1986, e procurador da República, em 1987. Optou pela carreira do Ministério Público Federal.

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Paulo Gonet foi assessor do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Francisco Rezek no primeiro de seus dois mandatos (1983-1990), procurador-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) entre 1992 e 1993 e conselheiro superior do Centro de Altos Estudos em Controle e Administração Pública do Tribunal de Contas da União (TCU). Em 2012, foi promovido por merecimento para o cargo de subprocurador-geral da República. Desde setembro, atua como procurador-geral eleitoral interino.

Professor de graduação, mestrado e doutorado do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), o indicado à PGR é autor do livro “Curso de Direito Constitucional”, em coautoria com o ministro do STF Gilmar Mendes e Inocêncio Mártires Coelho, procurador-geral da República de 1981 até 1985. A publicação obteve o 3º Lugar no prêmio Jabuti de 2008 na categoria de livros jurídicos, de acordo com o site do prêmio.

O indicado é também advogado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, seção do Distrito Federal, com exercício ativo desde 1994, conforme lhe faculta a Constituição, mas requereu a suspensão do registro no dia 28 de novembro passado, um dia depois de ser indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Caso seja aprovado pela CCJ e pelo Plenário, vai ocupar a vaga deixada pelo ex-procurador-geral da República Augusto Aras, cujo mandato terminou em setembro.

Constituição

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A Constituição Federal, em seu art. 128, § 1º, estabelece que o Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado, para mandato de dois anos, permitida a recondução. O art. 52, III, atribui à Casa a competência privativa para aprovar, por voto secreto, após arguição em sessão pública, a escolha do Chefe da procuradoria. Já o art. 101, II, i, do Regimento Interno do Senado confere à CCJ competência para emitir parecer sobre indicações do procurador-geral.