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Projeto que inclui abordagem feminina em currículo escolar vai à CE
O PL 557/2020 é um projeto de lei que torna obrigatória a inclusão de abordagens femininas nos conteúdos curriculares do ensino fundamental e médi...
19/06/2024 14h47
Por: Redação Fonte: Agência Senado

O PL 557/2020 é um projeto de lei que torna obrigatória a inclusão de abordagens femininas nos conteúdos curriculares do ensino fundamental e médio, além de criar a Semana de Valorização de Mulheres que Fizeram História. Nesta quarta-feira (19), o projeto avançou em sua tramitação no Senado: o texto foi aprovado na Comissão de Direitos Humanos (CDH) e agora segue para a Comissão de Educação (CE).

A proposta, cuja autora é a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), promove alterações na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ( Lei 9.394, de 1996 ). O texto recebeu parecer favorável da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora da matéria no âmbito da CDH.

De acordo com o projeto, as abordagens a serem incluídas nos currículos devem incluir aspectos da história, da ciência, da arte e da cultura do Brasil e do mundo de forma a resgatar as contribuições, as vivências e as conquistas de mulheres nas áreas científica, social, artística, cultural, econômica e política. A proposta também prevê que a Semana de Valorização de Mulheres que Fizeram História será uma campanha anual que acontecerá na segunda semana do mês de março nas escolas de educação básica.

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Tabata Amaral argumenta que as mulheres têm baixa representação no mundo científico em razão do preconceito e do desencorajamento quanto aos lugares que podem ocupar, apesar de demonstrarem excelente desempenho escolar. "Nesse sentido, o projeto visa combater uma falaciosa cultura machista e fomentar nas meninas a possibilidade de se tornarem cientistas ou lideranças políticas, e, nos meninos, maior respeito pelas mulheres."

Para Soraya Thronicke, em razão dos estereótipos existentes, associa-se brilhantismo e genialidade muito mais a homens do que a mulheres. A senadora ressaltou que a proposta ajudaria a modificar um sistema educacional influenciado por esses estereótipos, promovendo um futuro de maior igualdade e presença das mulheres em campos nos quais a atual sub-representação é flagrante, como na política, na física, na filosofia e na matemática, entre outras áreas.

— Mulheres são menos de 10% dos personagens em livros de história usados em escolas públicas — afirmou ela.

A senadora aproveitou a votação para parabenizar a Livraria do Senado pela publicação da Coleção Escritoras do Brasil , com obras que divulgam o trabalho intelectual das escritoras brasileiras de pouca ou nenhuma presença nos cânones literários nacionais, buscando valorizar, assim, as atividades, a produção e o pensamento da mulher na construção da história do Brasil.

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