Equipes dos programas Fica Vivo! (FV!) e Mediação de Conflitos (PMC) da Unidade de Prevenção à Criminalidade (UPC) Vila Cemig, em Belo Horizonte, produziram uma série de cinco podcasts. A ideia, a partir da pergunta geradora “O que é uma violência?”, é mobilizar e engajar, por meio de um novo formato, moradores dos territórios Alto das Antenas, Conjunto Esperança e Vila Cemig, na região do Barreiro. A divulgação do conteúdo começou em julho. Os episódios são lançados às quartas-feiras, em uma sequência intitulada "Violência. Por que eu preciso saber sobre o assunto?”.
Segundo o analista do Fica Vivo! na UPC e um dos idealizadores do projeto, André Freire, a ideia da produção de áudios surgiu como uma estratégia para a manutenção dos vínculos com o público do território em contexto de pandemia. "Foi uma demanda da própria comunidade encontrarmos alternativas criativas para atendê-la durante este período de restrições ao trabalho presencial”, explica.
Com duração média de três a quatro minutos, os áudios são distribuídos por meio do aplicativo WhatsApp, em grupos de moradores ou individualmente a pessoas do território atendidas pelos programas da Subsecretaria de Prevenção à Criminalidade (Supec), da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). A disseminação conta ainda com o auxílio da rede parceira, formada por diversos equipamentos de proteção social municipais e estaduais.
Produção e distribuição
O primeiro episódio da sequência, lançado na semana passada, apresenta, de maneira introdutória, os diferentes tipos de violências que serão assunto dos quatro materiais seguintes: estrutural, sexual, intrafamiliar e institucional. Cada um dos spots se encerra com o convite para que os ouvintes compartilhem a mídia com conhecidos e entrem em contato com as equipes do Mediação de Conflitos e do Fica Vivo! para tirar possíveis dúvidas e estabelecer mais um canal de diálogo com o público.
Participaram da produção da série quatro analistas dos programas de prevenção à criminalidade, o gestor da UPC e uma auxiliar administrativa. A escolha do aplicativo de mensagens instantâneas para a distribuição do conteúdo ocorreu porque o WhatsApp se revelou uma importante ferramenta de comunicação, com grande alcance entre o público da comunidade, durante a pandemia. Além de informar sobre o tema, a intenção é auxiliar na prevenção de violências que, por vezes, se reproduzem nesse ambiente digital.
Clique aqui para ouvir o primeiro episódio da série.
Conteúdo
A repercussão do projeto entre a comunidade tem sido bastante positiva. “Existem pessoas que sofrem alguns tipos de violências e não sabem, porque nem consideram como violência aquela que não seja física, praticada de uma pessoa contra a outra”, relata o morador do território e oficineiro de taekwondo, Leonardo Diphe, 27, sobre o episódio pioneiro.
Outro ponto positivo do primeiro áudio, na visão do morador, é compreender a violência também como uma questão de saúde, pública ou privada, conforme a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS). “Se a pessoa entende isso, poderá buscar ajuda em outros lugares e terá condições de minimizar o dano dessa violência. Então, isso auxilia no tratamento da vítima e de quem comete o ato”, argumenta.
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