Em pronunciamento, nesta quinta-feira (5), o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) manifestou apoio ao retorno do voto impresso no sistema eleitoral do país e classificou de “interferência política” a decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Roberto Barroso, de se reunir com líderes partidários da Câmara dos Deputados com o intuito de influenciar a comissão especial da Câmara que analisa proposta de emenda à Constituição (PEC) para modificar o sistema de votação.
— E de alguma forma conseguiu influenciar, porque as lideranças partidárias tiraram membros da comissão especial que eram favoráveis ao voto auditável, por outros que não têm tanta firmeza nesse posicionamento. Então, foi uma manobra que ocorreu, uma interferência, e isso não é saudável. Nós sabemos que existe aí todo um establishment lutando contra o voto auditável. Pelo que temos visto e acompanhado em alguns debates, ele propicia, no mínimo, uma maior segurança e transparência nas apurações das eleições — declarou.
Girão disse que fake news propagam a ideia de que "voto auditável é volta ao passado”. Ele declarou que o processo tem objetivo de aperfeiçoar o sistema atual, que já existe há mais de 25 anos. Segundo ele, alguns especialistas, durante audiência pública realizada na Câmara dos Deputados, afirmaram que as urnas eletrônicas são suscetíveis à fraude.
— Então, eu penso que se nós podemos aperfeiçoar, dar mais transparência e segurança, por que não fazer isso? Por que toda essa preocupação e polêmica em relação a esse tema? Eu acredito que isso irá dar confiança a quem vota, como maior credibilidade a quem está sendo votado — afirmou Girão.
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