Em pronunciamento, nesta quarta-feira (11), o senador Confúcio Moura (MDB-RO) criticou os gestores municipais, estaduais e nacionais que não dão continuidade a ações e medidas implementadas por seus antecessores. Na opinião dele, esse tipo de postura representa um desperdício e dá a impressão de que cada autoridade dessas 'está descobrindo o Brasil' na hora que assume o mandato.
O senador deu como exemplo de descontinuidade o que acontece no setor que ele chamou de crédito solidário, que financia a atividade profissional de pessoas mais pobres.
Segundo ele, o BNDES, o Banco do Brasil, o Banco da Amazônia e a Caixa Econômica Federal não emprestam dinheiro para essa parcela da sociedade, formada por empreendedores informais, cozinheiras, mecânicos, manicures e outros trabalhadores, porque eles não conseguem oferecer garantias, nem se cadastrar nessas instituições financeiras.
O senador disse, ainda, que o mesmo governo responsável por essas instituições financeiras empresta para quem não precisa e concede incentivos fiscais para os ricos, com isenção de impostos. Esse tipo de medida, de acordo com ele, significa que o país deixa de arrecadar 'dinheiro bom'.
— Fica aí, encangando grilo para quem não precisa e também incentivos fiscais vergonhosos, que não são fiscalizados, no decorrer do tempo, se estão dando resultados em troca, com empregos justos e gerando oportunidade para muita gente, lamentou.
Confúcio Moura deu como exemplo de iniciativa voltada para as pessoas mais pobres o Banco do Povo, criado por ele quando prefeito de Ariquemes (RO).
Segundo ele, a instituição, gerida por uma organização da sociedade civil de interesse público, foi constituída com um aporte inicial de R$ 300 mil, para financiar as atividades de trabalhadores mais pobres e de empreendedores informais, e, ao longo do tempo, com outros investimentos, esse montante aumentou.
— A gente precisa definir, com clareza, uma política de Estado, uma política definitiva do microcrédito produtivo e solidário, buscando as inspirações de tantos pesquisadores e economistas do mundo inteiro, defendeu.
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