A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG)e a Associação Feminina de Assistência Social e Cultura (Afas) promovem, de 16/8 a 15/10, a a campanha Farda Solidária.
Em todo o estado, o objetivo é potencializar a produção artística das mulheres vítimas de violência doméstica, por meio do artesanato, proporcionando renda, autonomia e inclusão social. A ação acontece simultaneamente com a campanha Agosto Lilás, que comemora os 15 anos da Lei Maria da Penha.
A campanha conjunta incentiva os policiais e bombeiros militares a fazerem doações de peças de fardamento, fora de uso ou desgastadas pelo uso diário, para que sejam confeccionados acessórios ilustrados como bolsas, sacolas e almofadas.
O ato de solidariedade será realizado por meio de arrecadação voluntária junto ao público interno, de camisas, gandolas e calças usadas de fardamento dos grupos A, B e C do RUIPM (túnicas, fardamento operacional e administrativo). O militar entregará sua doação na Secretaria/P5 de sua unidade.
A reutilização das fardas para a produção artística atende também a uma demanda de sustentabilidade, uma vez que nem sempre essas peças tinham uma destinação adequada.
Origem
Essa iniciativa - PMMG/Afas - tem origem no projeto Mulher Livre de Violência (MLV), há cinco anos, diante da realidade vivenciada no atendimento a mulheres vítimas de violencia. O trabalho desenvolvido junto à Patrulha de Prevenção à Violência (PPVD), do 19º Batalhão de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, inspirou a articulação para criar uma rede de enfrentamento, por meio de parcerias e promoção do debate público sobre o tema.
Ainda em 2016, o projeto foi contemplado no edital Militar que eu Quero Ser, promovido pela Associação Feminina de Assistência Social e Cultura (Afas). A partir dali, foi sendo aperfeiçoado, com o objetivo de levar informações à comunidade rural local. No ano seguinte, já desenvolvia também atividades mensais para o público, como debates sobre violência de gênero e o fomento ao artesanato criativo.
“Com um olhar diferenciado, conseguimos fazer a diferença na vida de muitas mulheres, que até então, não tinham um atendimento voltado para o combate da violência doméstica", frisa a cabo da PMMG, Juliana Cruz, que iniciou o MLV.
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