A Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam)voltou a disponibilizar o boletim de qualidade do ar em Minas Gerais. Retomada em 13/8, a divulgação é feita pela plataforma do Sistema Nacional de Monitoramento da Qualidade do Ar (MonitorAr), desenvolvida pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e lançada pelo governo federal.
O objetivo da plataforma é integrar e divulgar em uma plataforma única, os dados de toda a rede de monitoramento da qualidade do ar do Brasil.
Minas Gerais é um dos cinco estados no Brasil que começaram a integração on-line dos dados de monitoramento da qualidade do ar, por meio do sistema nacional. Com isso, a população já pode acessar os dados horários de monitoramento da qualidade do ar para as duas frações de material particulado (MP10 e MP2,5) e CO. A expectativa é de que até setembro os dados dos demais poluentes também já estejam interligados à rede nacional.
“Essa plataforma vai nos auxiliar muito na divulgação das informações sobre a qualidade do ar em nosso estado”, frisa o presidente da Feam, Renato Brandão, que acompanhou o lançamento do sistema federal em Brasília, na sexta-feira (13/8).
A Feam, responsável por coordenar a operação da rede de estações de monitoramento da qualidade do ar em Minas Gerais, atuou nos últimos meses para adequar a sistematização dos dados das estações de monitoramento, que são recebidos de forma on line em seu Centro Supervisório, de modo a interligá-los à rede nacional estabelecida pela Plataforma Monitorar, por meio de uma parceria com o MMA.
- Boletins Horários da Qualidade do Ar emitidos pelo Sistema MonitorAr do MMA disponíveis em monitorar.mma.gov.br/onboarding;
- Para demais informações sobre os Boletins de Qualidade do Ar do Estado de Minas Gerais, acesse este link.
Índices de qualidade do ar (IQAr)
O monitoramento da qualidade do ar é realizado para determinar o nível de concentração de um grupo de poluentes universalmente consagrados como indicadores, selecionados devido à sua maior frequência de ocorrência na atmosfera e aos efeitos adversos que causam ao meio ambiente. São eles: material particulado (poeira), dióxido de enxofre (SO2), monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx) e ozônio (O3).
Para cada uma dessas substâncias foram definidos padrões de qualidade do ar, ou seja, limites máximos de concentração que, quando ultrapassados, podem afetar a saúde, a segurança e o bem-estar da população, bem como ocasionar danos ao meio ambiente em geral. No Brasil, os padrões de qualidade do ar foram fixados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), por meio da Resolução Conama 491/2018, sendo também adotados em Minas Gerais.
A divulgação dos dados do monitoramento é realizada por meio do cálculo dos Índices de Qualidade do Ar (IQAr) – uma ferramenta matemática utilizada para converter as concentrações dos poluentes nas escalas boa, moderada, ruim, muito ruim, péssima. O objetivo do IQAr é permitir uma informação precisa, rápida e facilmente compreendida pela sociedade sobre os níveis de qualidade do ar.
Quadro 1 - Estrutura do índice de qualidade do ar
Fonte: Cetesb, 2019
Quadro 2 - Relação entre valor do IQAr e possíveis efeitos à saúde
Fonte: Cetesb, 2019
Programa Ar Puro
O Sistema Nacional de Monitoramento da Qualidade do Ar (MonitorAr) faz parte do Programa Nacional Ar Puro, quinto eixo da Agenda Ambiental Urbana, criada pelo Ministério do Meio Ambiente, em 2019, para melhorar a qualidade ambiental nas cidades do Brasil. Com foco na qualidade do ar, o Ar Puro traz inovações importantes, como um aplicativo de monitoramento da poluição atmosférica.
O MonitorAr é a primeira ação concreta do programa. A inovação do sistema é acompanhar e divulgar em tempo real as informações, por meio de site e aplicativo gratuitos, disponibilizados para todos os cidadãos.
Essa plataforma, alimentada automaticamente por dados locais e seguindo padrões internacionais de classificação, vai integrar os dados de todas as estações de monitoramento de qualidade do ar no Brasil; 126 estações já foram integradas. Os cinco estados já integrados (BA, ES, MG, RS e SP) totalizam 45% da população brasileira.
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