O recolhimento e a destinação das antigas placas de veículos, feito pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), vira parte de um importante trabalho de reinserção social que está em fase de testes em Belo Horizonte.
Da parceria entre a Divisão de Registro de Veículos (DRV) do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG)e a Associação Mineira de Educação Continuada (Asmec), surgiu a possibilidade de qualificar e contratar egressos do sistema prisional em ofícios de reciclagem. A Asmec é uma organização não governamental (ONG) sediada na capital mineira.
O projeto piloto, que também prioriza o desenvolvimento sustentável, já foi iniciado. Atualmente, conta com o envolvimento de 12 pessoas. A proposta tem ainda o apoio de empresários e de professores da Asmec. O objetivo é que o alumínio puro, produto apurado na reciclagem das placas, seja vendido como matéria-prima para as fábricas de panelas e outros utensílios domésticos.
Como funciona
Os egressos do sistema prisional serão selecionados em dois momentos do projeto: o de qualificação profissional, com triagem realizada pela Asmec, e o de contratação via Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), feito em parceria com os empresários envolvidos.
De acordo com o chefe da DRV, delegado Matheus Cobucci, a meta é que o projeto seja ampliado para as Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans) de todo o estado. “Além de contribuir para a preservação do meio ambiente, a reciclagem das placas de veículos também promove oportunidade para a ressocialização dos egressos e fonte para o sustento de suas famílias”, ressalta.
Já a presidente da Asmec, Andréia Ferreira, destaca que “a parceria com o Detran-MG é muito rica, pois possui elementos para crescer, pelo impacto que causa não só no comércio e na economia, mas também na questão da ecologia. É um projeto que nasceu de uma visão otimista e do qual temos muito orgulho em fazer parte dele”.
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