A luta contra a febre aftosa, doença que prejudicou no passado a pecuária brasileira, será homenageada nesta segunda-feira (30) em sessão especial do Senado. A sessão comemora os 70 anos de criação do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária (Panaftosa).
O requerimento é do senador Wellington Fagundes (PR-MT). "O Panaftosa se transformou em um dos maiores pilares de sustentação das conquistas históricas da erradicação da febre aftosa em todos os países da América do Sul, e em especial o Brasil, que tem a honra de sediá-lo desde sua fundação, em 1951", explicou Wellington na justificação.
Vinculado à Organização Panamericana da Saúde (Opas), o Panaftosa monitora os programas de erradicação da febre aftosa na América do Sul e no Panamá.
Causada por vírus, a febre aftosa é uma das doenças infecciosas mais contagiosas dos animais, atingindo bovinos, caprinos, ovinos e suínos e inviabilizando criações inteiras. Como a doença cruza fronteiras pelo transporte de animais infectados e pela importação de carne, os países atingidos por ela sofrem sérias perdas econômicas, pela redução da produção de carne e leite e desvalorização dos produtos para exportação.
A febre aftosa é combatida com a vacinação, mas alguns países, como Japão e Coreia do Sul, vetam até mesmo a importação de carne de gado vacinado, o que reforça a importância da erradicação total da zoonose. Atualmente, no Brasil, embora a febre aftosa esteja oficialmente erradicada de todo o território nacional, apenas o estado de Santa Catarina é reconhecido como zona livre sem necessidade de vacinação, segundo o relatório mais recente do Panaftosa.
Wellington afirma em seu requerimento ter certeza de que a América do Sul se tornará o primeiro continente totalmente livre da zoonose.
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