Foi adiada para a terça-feira (14) a reunião de instalação da Comissão Mista Permanente sobre Migrações Internacionais e Refugiados (CMMIR) para eleição de seus presidente e vice-presidente.
A reunião desta terça-feira (31) chegou a ser aberta pelo senador Telmário Mota (Pros-RR), um dos integrantes do colegiado. Entretanto, sem o quórum mínimo de parlamentares participantes, o senador suspendeu a reunião e agendou a reabertura para as 14h30 de 14 de setembro.
A quebra de patente de vacinas, a revalidação de diplomas e o acolhimento de estrangeiros estão entre os temas já tratados em audiências públicas pela comissão, criada em 2019, com a missão de fiscalizar e monitorar, de modo contínuo, questões que tratam de movimentos migratórios nas fronteiras do Brasil e dos direitos dos refugiados.
Com 12 senadores e 12 deputados como membros titulares, escolhidos pelo critério da proporcionalidade partidária, a CMMIR tem, ainda, como foco as políticas públicas de controle migratório e as causas e efeitos de fluxos migratórios internacionais para o Brasil.
Em debate realizado em março de 2020, parlamentares e especialistas em migrações defenderam o fortalecimento da estrutura mantida pelo governo brasileiro para o acolhimento de estrangeiros que entram no país como refugiados.
O Brasil registrou a entrada de quase 775 mil imigrantes, entre 2010 e 2018, segundo o Observatório das Migrações Internacionais do Ministério da Justiça. De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), só da Venezuela o país recebeu mais de 550 mil pessoas — entre refugiados, solicitantes de refúgio e residentes temporários.
Segundo o Instituto Migrações e Direitos Humanos, organização filantrópica voltada ao atendimento jurídico e à integração social de migrantes, os municípios brasileiros estão despreparados para lidar com o aumento no fluxo de migrantes internacionais.
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