Os corpos do piloto Geraldo Medeiros, de 56 anos, e do copiloto, Tarcíso Viana, de 37, foram sepultados hoje (7) no Distrito Federal. Os dois estão entre as cinco vítimas do acidente com o avião que levava a cantora Marília Mendonça. A aeronave caiu em Piedade de Caratinga, no Vale do Rio Doce, no oeste de Minas Gerais, na sexta-feira (5). Além da cantora, também morreram no acidente o tio e assessor de Marília, Abicieli Silveira Dias Filho, e o produtor Henrique Ribeiro.
Inicialmente, a previsão da família de Geraldo era cremar o corpo e levar as cinzas para Floriano, no Piauí, cidade natal do piloto. Mas, no fim da manhã, os familiares decidiram que Geraldo, pai de três filhos, seria enterrado no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, em Brasília. A cerimônia foi por volta das 11h30.
O velório do co-piloto, Tarciso Pessoa Viana, também teve início na manhã deste domingo. Ele foi sepultado no Cemitério de Taguatinga, no Distrito Federal, por volta das 11h. Ele deixou dois filhos e a esposa grávida de oito meses.
A cantora Marília foi enterrada ontem (6), no Cemitério Parque Memorial, em Goiânia. O sepultamento foi acompanhado apenas por familiares. Antes, o corpo foi velado no ginásio Goiânia Arena. Durante toda a tarde, fãs e amigos da artista prestaram suas últimas homenagens.
A aeronave que levava Marília, modelo Beech Aircraft, caiu na tarde de sexta-feira, perto de uma cachoeira onde havia pedras, a uma distância de pouco mais de dois quilômetros do aeroporto de Caratinga, onde estava programado um show da artista. Os bombeiros foram acionados às 15h30 para atender a ocorrência.
O avião era da empresa Pec Táxi Aéreo Ltda e estava com o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) válido até 1º de julho de 2022. Após o acidente, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão do Comando da Aeronáutica, foi acionado para investigar as causas da queda do avião que matou a cantora e sua equipe, além dos tripulantes.
Na tarde de sábado, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) divulgou um comunicado sobre o acidente. A aeronave colidiu com uma linha de transmissão de energia elétrica. Segundo a nota, a "linha de distribuição atingida pela aeronave prefixo PT-ONJ, no trágico acidente de ontem, está fora da zona de proteção do Aeródromo de Caratinga, nos termos de Portaria específica do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), do Comando da Aeronáutica Brasileiro".
A empresa disse ainda que as investigações das autoridades irão esclarecer as causas da tragédia.
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