O ex-senador e ex-governador de Goiás Iris Rezende morreu na madrugada desta terça-feira (9) em São Paulo, aos 87 anos, após de passar mais de três meses internado por conta de um acidente vascular cerebral (AVC).
Vanderlan Cardoso (PSD-GO) foi o primeiro senador a lamentar, no Twitter, a morte do político. Para Vanderlan, Íris deixa um legado político inestimável a toda população goiana e brasileira.
“Ele deixa grandes marcas, mas a maior delas é o exemplo de homem público dedicado à boa gestão. Deus console os corações de Dona Íris, das filhas Ana Paula, Adriana, do filho Cristiano, do genro Frederico, de seus netos e de milhões de goianos que choram sua perda,” escreveu.
Para Luiz do Carmo (MDB-GO), o ex-governador "foi o goiano mais importante da história de Goiás". "É com imenso pesar que recebo a triste notícia da morte do meu querido amigo e conselheiro. O eterno prefeito de Goiânia fez parte de minha vida desde o início", afirmou o senador, destacando que a postura, o caráter e a forma de Iris de lidar com a coisa pública sempre o inspiraram.
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) lembrou que Iris Rezende exerceu vários cargos na política. “Emedebista histórico, da mesma terra de Marília Mendonça, é hoje também mais uma estrela no céu. Vereador, prefeito, governador, deputado, senador, ministro, amigo do meu pai. À também Íris, sua companheira de olhares coincidentes, o meu abraço de conterrânea”, registrou a senadora.
Plínio Valério (PSDB-AM) e Alvaro Dias (Podemos -PR) também lamentaram a morte do político e manifestaram solidariedade à família, amigos e à população de Goiás.
Iris Rezende Machado nasceu em Cristianópolis (GO), em 22 de dezembro de 1933. Formado em direito, começou a carreira política elegendo-se vereador em Goiânia (GO) pelo PTB, e presidiu a Câmara Municipal no seu primeiro mandato. Em seguida, foi eleito deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa e chegou a prefeito da capital em 1966, cargo que ocupou até ser cassado pela ditadura militar. Ingressou no MDB durante o regime militar.
Com o início da abertura política, foi eleito governador do estado em 1982, mas entregou o mandato antes do fim para assumir o Ministério da Agricultura no governo de José Sarney. Chegou a disputar as prévias internas do MDB para a candidatura à presidência em 1989, perdendo a disputa para Ulysses Guimarães. Foi novamente eleito governador em 1990 e seguiu para o Senado quatro anos depois.
Na Casa, Iris Rezende foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) entre 1995 e 1996, período no qual passaram pelo colegiado as reformas constitucionais para quebras de monopólios estatais sobre setores como as telecomunicações e o petróleo.
Em 1997, lançou-se candidato à presidência do Senado, embora sem o apoio oficial do seu partido. Recebeu 28 votos, contra 52 do eleito, Antônio Carlos Magalhães (BA). No mesmo ano, presidiu brevemente a Comissão de Infraestrutura, antes de ser nomeado ministro da Justiça, cargo que ocupou por um ano.
Iris disputou o governo de Goiás mais três vezes — em 1998, 2010 e 2014 —, sem sucesso, e não obteve a reeleição ao Senado, disputada em 2002. Porém, venceu três eleições para a prefeitura de Goiânia, em 2004, 2008 e 2016, tornando-se o mais longevo governante da capital goiana.
Em 2020, abriu mão da reeleição e anunciou sua aposentadoria da política.
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