A união entre o Congresso Nacional, o Poder Executivo e a sociedade civil organizada na proteção ao meio ambiente foi defendida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, nesta terça-feira (9). Ele participou do evento "O futuro verde está no Brasil", promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em Glasgow, na Escócia, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-26).
Num discurso otimista, Pacheco disse que o Brasil tem pontos positivos para comemorar, a exemplo da aprovação de matérias pelo Congresso Nacional como o Marco Legal do Saneamento Básico e o projeto de lei que antecipa para 2025 a meta de redução da emissão de gases de efeito estufa pelo Brasil em 43%, tendo como referência o ano de 2005 (PL 1.539/2021). De autoria da senadora Kátia Abreu (PP-TO), o texto foi votado pelo Senado em outubro e seguiu para a Câmara dos Deputados.
O presidente do Senado avaliou a matriz energética brasileira como uma das mais limpas do mundo e comentou que o fato precisa ser reconhecido, “por termos 66,3% das matas nativas em estado natural". Ao apontar o amadurecimento dos brasileiros no assunto, Pacheco destacou que há uma compreensão da sociedade, inclusive crianças e jovens, em relação a clima e meio ambiente, o que é “também é digno de nota e motivo de comemoração”.
— Há um amadurecimento da sociedade brasileira sobre o tema ambiental. E antes disso, havia uma conscientização da imprensa nessa toada de aliar interesses de desenvolvimento econômico ao cuidado com o meio ambiente. Isso tornou-se uma realidade inafastável: são temas que só podem andar para a frente, e não mais para trás — avaliou o presidente.
Pacheco disse ter ciência da responsabilidade das autoridades, especialmente em relação ao combate ao desmatamento ilegal. Ele afirmou ser necessário fazer mea culpa e reconhecer fragilidades do país no assunto, identificar erros e buscar objetivos comuns. Ao ponderar que a derrubada de florestas é “um problema grave que gera divergências próprias da democracia”, Pacheco voltou a defender o fortalecimento do diálogo.
— Para o cumprimento dos acordos e dos investimentos internacionais pactuados para o Brasil, é preciso vontade política, unidade, diálogo permanente, e não há dúvida: se tivermos essa consciência, programas, tecnologia, inovação, pesquisa e ciência nos darão todos os meios necessários para resolvermos os problemas do desmatamento de nossas florestas — declarou.
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