A sessão solene em homenagem ao Dia do Hoteleiro, nesta terça-feira (9), serviu como celebração da recente retomada do turismo no Brasil, com o êxito da vacinação da população e redução do número de casos de covid-19.
O dia 9 de novembro foi escolhido como data para homenagear o setor hoteleiro porque nesse dia, em 1936, foi aberto o 1º Congresso Nacional de Hotéis, embrião da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih), cujos 85 anos também foram comemorados na ocasião.
Presidindo a sessão, o senador Fernando Collor de Mello (MDB-AL), que também é presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), saudou a vitalidade do setor no Brasil, confirmada por estatísticas como o crescimento de 47% do faturamento do turismo em junho, na comparação com o mesmo período do ano anterior.
— Felizmente o que se descortina agora é horizonte mais promissor. A gradual estabilização sanitária, a reabertura das fronteiras e a necessidade de dar vazão a planos longamente represados por pessoas e empresas prenunciam rápida e sólida recuperação da atividade turística. No Brasil, tal perspectiva ganha contornos ainda mais claros graças ao rápido sucesso de nossa campanha de vacinação, à melhora gradual da infraestrutura nacional e ao câmbio favorável àqueles que nos visitam — discursou Collor.
Presente à mesa que dirigiu os trabalhos, a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) lembrou que 80% dos colaboradores do setor de turismo são mulheres. Ela contou que o marido, Carlos Cesar de Lima Batista, empresário do setor de motéis, emprega presidiárias em regime semiaberto, ajudando na ressocialização:
— Elas, como camareiras, fazem um trabalho maravilhoso, e é uma grande ideia que pode ser reproduzida por todo o nosso país — propôs Soraya.
O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) ressaltou o potencial do turismo brasileiro, que, segundo ele, não precisa da legalização dos jogos de azar para crescer:
— A Abih tem um papel preponderante. A gente já vê recuperação. Os voos todos lotados, no Nordeste, para o Réveillon. Temos condições de incrementar o turismo nacional e internacional. Não precisamos absolutamente trazer cassinos, porque isso traz outras mazelas, abre portas para possibilidade de lavagem de dinheiro, de corrupção, de destruição de famílias — afirmou Girão.
O presidente da Abih, Manoel Linhares enfatizou que o setor de hotelaria gera cerca de 1,3 milhão de empregos no país, mesmo sem ser beneficiado pela desoneração da folha de pagamentos. Ele elogiou o governo pelo apoio ao turismo, setor que, segundo ele, não polui o meio ambiente.
O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, que é empresário do setor de eventos, enumerou as iniciativas do governo para incentivar a atividade econômica em meio à pandemia, e pediu o apoio dos meios de comunicação.
— O presidente Bolsonaro salvou a grande maioria dos empregos no setor do turismo. Eu queria fazer um apelo ao pessoal da imprensa. Quando vocês falam mal do Brasil lá fora, não estão atrapalhando só a nós aqui: estão atrapalhando o emprego do pobre coitado lá na capilaridade, da vendedora de caranguejo, do pescador de maçunim — disse o ministro.
A Abih entregou a Gilson Machado e Fernando Collor placas de reconhecimento ao trabalho de ambos pelo turismo brasileiro. Durante a sessão foram distribuídos exemplares do livro A Construção da História da Associação Brasileira de Hotéis, de Leonardo Volpatti e Giovanna Ghersel. Foi apresentado um selo dos Correios em homenagem ao aniversário da Abih.
Também discursaram na reunião representantes dos operadores hoteleiros, dos secretários estaduais de Turismo, dos ex-presidentes da Abih, da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), além dos deputados federais Herculano Passos (MDB-SP) e Otavio Leite (PSDB-RJ).
Durante a sessão, por sugestão do presidente da Abih, Manoel Linhares, foi respeitado um minuto de silêncio em homenagem ao ex-senador e ex-governador de Goiás Iris Rezende, que morreu na madrugada desta terça.
— Gostaria de enviar um voto de profundo pesar aos seus familiares — disse Fernando Collor.
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