Após paralisação por conta da pandemia, a comissão parlamentar de inquérito (CPI) sobre o acidente aéreo da Chapecoense retoma suas atividades com o depoimento de Celia Castedo Monastério, inspetora do serviço de administração de aeroportos e aviação da Bolívia. A oitiva está marcada para as 10h desta quinta-feira (18).
O requerimento é do relator da comissão, Izalci Lucas (PSDB-DF).
"A inspetora da Administracio?n de Aeropuertos y Servicios Auxiliares a la Navegacio?n Ae?rea [Aasana] já teve a oportunidade de prestar alguns esclarecimentos à Procuradoria Regional de Chapecó, quando afirmou que o dever de checar a existência de problemas no plano de voo, das condições do avião e dos tripulantes, é dos inspetores da Direção Geral de Aeronáutica Civil da Bolívia (DGAC). Acreditamos que a oitiva da inspetora será de grande valia para o esclarecimento dos fatos investigados", justificou Izalci no pedido da audiência.
Em 23 de setembro, a controladora foi presa pela Polícia Federal em Corumbá (MS), a mando do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, que também emitiu uma ordem de extradição. Celia Monastério responde na Bolívia pela prática do crime de atentado contra a segurança do espaço aéreo.
Antes de ouvir a boliviana, os parlamentares vão fazer uma reunião deliberativa para análise de requerimentos. São sete pedidos de convocação na pauta. Entre eles, de representantes da seguradora Tokio Marine e da corretora AON.
"As citadas seguradoras buscam se eximir de responsabilidade securitária para com as vítimas e familiares no caso do acidente aéreo envolvendo a Chapecoense, ocorrido há quase cinco anos, no qual foram vitimados 77 cidadãos brasileiros no exterior", explicou.
A CPI da Chapecoense trata da situação dos familiares das vítimas do acidente com a Associação Chapecoense de Futebol, em 2016. O avião que transportava jogadores, comissão técnica e convidados para a final da Copa Sul-Americana, em Medellín, na Colômbia, sofreu uma pane por falta de combustível e caiu em uma área de floresta nas imediações da cidade. Das 77 pessoas a bordo, 71 morreram. O presidente do colegiado é o senador Jorginho Mello (PL-SC).
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