A importância espiritual, social e econômica do Cristo Redentor foi reconhecida nesta sexta-feira (26) pelo Senado, em uma sessão especial conduzida pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ). Autor do pedido de sessão em homenagem pelos 90 anos do monumento conhecido mundialmente, Portinho homenageou ainda o Santuário Cristo Redentor, dizendo que por meio dele a Igreja faz diferença na vida dos mais pobres, com ações sociais e evangelizadoras.
— O Santuário Cristo Redentor se preocupa com a condição socioeconômica da população e expressa a compaixão de Jesus de forma prática, manifestada em ações evangelizadoras, através da prestação de serviços sociais e acolhimento humano junto aos setores menos favorecidos. As ações abrangem vários dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Esses objetivos norteiam desde sua concepção das ações às escolhas dos projetos a serem apoiados — disse o senador.
Portinho e diversos outros participantes lembraram também que o Cristo Redentor foi incluído pela ONU na lista de Patrimônios Culturais da Humanidade. O senador Romário (PL-RJ) foi outro que abordou a relevância espiritual do monumento.
— Ele não se esgota em mais uma imagem religiosa, ou na representação de um personagem histórico. É muito mais que isso, é a imagem de Cristo abençoando os cariocas e o Brasil, e a reafirmação da solidariedade e da fé. Costumo sempre agradecer a Papai do céu por todas as bênçãos e confesso que contemplar diariamente a imagem do Cristo me faz sentir mais próximo dele, de seu amor e proteção — afirmou Romário.
O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Joel Portella, é outro que crê que o Cristo Redentor é uma chave para que os brasileiros pensem nas dificuldades e desafios da vida.
— É um daqueles lugares síntese do muito que cada um de nós espera encontrar ao longo da vida. É mais que o símbolo de uma cidade ou um país. O Cristo Redentor é o ícone de toda a vida, nossa existência. Por exemplo, para ali chegar, subimos uma montanha, cujo nome, Corcovado, além da descrição de seu formato físico, permite que, recorrendo ao latim, façamos um jogo de palavras: "Cor quo vadis?". Em português: "Coração, para onde vou?". Nossas vidas são uma busca contínua. Uma busca que exige maior empenho, esforço, subida íngreme na corcova, no penhasco, mas na chegada, como acontece no Cristo do Corcovado, descortina-se uma realidade além do que podemos esperar. Como há algum tempo lembrou o Santo Papa João Paulo II, no Cristo do Corcovado contempla-se a integração entre a arquitetura de Deus e a arquitetura humana.
O cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, também abordou as ações da Igreja Católica junto ao monumento, que, para ele, traz uma mensagem de que os brasileiros devem se unir mais.
— Esta sessão recorda para nós aquilo que o Cristo representa para o país: fraternidade, acolhimento e paz. Que possamos continuar sendo um povo assim também, que constrói pontes, que acolhe, que realmente leva justiça e paz para todos.
Também participaram da homenagem ao Cristo Redentor o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro; o bispo auxiliar de Brasília, dom Marcony Ferreira; o advogado-geral da União, Bruno Dantas; o ministro do Turismo, Gilson Machado; Luís Pugialli, membro do Conselho Amos do Cristo Redentor; Savio Neves, presidente do Trem do Corcovado; e Roberta Werner, diretora do Rio Convention Bureau.
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