O Plenário aprovou, nesta terça-feira (30), a indicação do diplomata Pompeu Andreucci Neto para o cargo de embaixador do Brasil no Equador. Foram 43 votos sim, 6 votos não e 4 abstenções. Andreucci Neto substituirá o atual ocupante do cargo, João Almino de Souza Filho. A indicação (MSF 46/2021) foi relatada pelo senador Esperidião Amin (PP-SC) na Comissão de Relações Exteriores (CRE).
Andreucci Neto atualmente é titular da Embaixada em Madri, cumulativa com o Principado de Andorra.
O indicado é bacharel em direito pela Universidade de São Paulo (USP). Continuou seus estudos no Centre d'Économie da Université de Paris Panthéon-Sorbonne, na França. É também Bacharel em diplomacia pelo Instituto Rio Branco e mestre em políticas públicas internacionais pela Paul H. Nitze School of Advanced International Studies da Johns Hopkins University, em Washington, EUA.
Andreucci Neto tem vários artigos e trabalhos acadêmicos publicados sobre temas relacionados ao direito internacional e a políticas públicas e diversas condecorações. Ingressou no Serviço Exterior Brasileiro em 1990.
Durante sua sabatina, o diplomata Pompeu Andreucci Neto afirmou que a prioridade de sua gestão à frente da embaixada brasileira no Equador será ajudar a recompor o comércio bilateral nos níveis registrados antes da pandemia de covid-19.
Pompeu informou que o volume anual dos negócios entre Brasil e Equador caiu de US$ 1 bilhão para menos de US$ 700 milhões devido à pandemia. Entre os produtos vendidos pelo Brasil ao Equador destacam-se: lâminas de ferro ou aço, fios de cobre, plásticos, ônibus e calçados. Já as importações brasileiras em relação a esse país envolvem chumbo refinado, conservas de peixes, chocolates e preparações alimentícias contendo cacau, caramelos, filés de peixe e madeira.
Diplomata brasileiro de carreira, Andreucci Neto serviu entre 2018 e 2016 como chefe do Cerimonial da Presidência da República. De 2011 a 2016 foi chefe da Assessoria Diplomática da Vice-Presidência da República. De 2006 a 2011, Andreucci Neto atuou como ministro-conselheiro na Embaixada do Brasil em Washington, onde chefiou o setor de Assuntos Econômicos, Comércio e Políticas Financeiras.
De 2003 a 2006, foi Secretário de Assuntos Internacionais do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil. Entre 2001 e 2003, desempenhou o cargo de assessor do Subsecretário-Geral de Integração, Economia e Comércio Exterior do Itamaraty. Serviu em Washington, Montevidéu, Nova York, Paris e Santiago.
Brasil e Equador estabeleceram relações diplomáticas em 1844. Em 1873, o Brasil abriu legação diplomática residente em Quito. Apesar de ser um dos dois únicos países da América do Sul com os quais o Brasil não compartilha fronteira, as relações bilaterais têm sido historicamente densas.
O comércio entre Brasil e Equador, que em 2020 somou US$ 686,6 milhões, está regulado por acordo de complementação econômica entre o Mercosul e Colômbia, Equador e Venezuela, de 2004. O Brasil tem interesse em expandir os entendimentos com esse país para incluir novos temas, como comércio de serviços e compras governamentais.
Entre os principais produtos da pauta de exportações brasileiras para o Equador destacam-se: lâminas de ferro ou aço, fios de cobre, plásticos, ônibus e calçados. As importações brasileiras foram compostas, especialmente, por chumbo refinado, conservas de peixes, chocolates e preparações alimentícias contendo cacau, caramelos, filés de peixe e madeira.
Em 2019, Brasil e Equador celebraram Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI), o primeiro instrumento jurídico em matéria de investimentos assinado pelo país andino após a denúncia, em anos recentes, de todos os seus acordos similares. Estima-se em US$ 129 milhões o estoque de investimentos brasileiros naquele país.
Estima-se em cerca de 2 mil o número de brasileiros no país andino. O setor consular da Embaixada do Brasil em Quito tem jurisdição sobre todo o território equatoriano. O Brasil conta, ainda, com dois consulados honorários no Equador, em Guayaquil e Cuenca.
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