A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) promove na quinta-feira (16), a partir das 10h30, audiência pública semipresencial para debater a integração da medicina com a espiritualidade no tratamento de doenças. O autor do requerimento (REQ 21/2020) é o senador Eduardo Girão (Podemos-CE).
O parlamentar explica que estudos e revisões literárias científicas revelam que a espiritualidade, não necessariamente ligada a uma religião, fornece recursos para aumentar a frequência de emoções positivas e reduzir frequência de emoções que possam levar a problemas maiores. De acordo com ele, a certeza de um suporte “faz com que a angústia diminua, e os sentimentos favoráveis tragam conforto”.
Girão ainda informa no requerimento que a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu oficialmente e inseriu a espiritualidade em seu conceito de saúde, enquanto universidades no Brasil, como a Universidade de São Paulo (USP), já possuem nas suas grades do curso de medicina, disciplina de medicina e espiritualidade. Ele sugere que a interação pode ser positiva nas práticas interativas do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Desde 2006 o Ministério da Saúde incluiu as práticas integrativas e complementares (Pics) no Sistema Único de Saúde com o objetivo implementar tratamentos alternativos à medicina baseada em evidências na rede de saúde pública do Brasil. As práticas integrativas e complementares são tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para prevenir diversas doenças como depressão e hipertensão. Em alguns casos, também podem ser usadas como tratamentos paliativos para algumas doenças crônicas”, explica.
Para o debate foram convidados o presidente da Associação Médico Espírita do Brasil, Gilson Luis Roberto; a presidente da Associação Médico Espírita do Distrito Federal, Fabíola de Fátima Zanetti de Lima; a coordenadora nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde do Ministério da Saúde, Christiane Santos Matos e o médico neurocientista e pesquisador Sérgio Felipe de Oliveira. Todas as participações aguardam confirmação.
Como participarO evento será interativo: os cidadãos podem enviar perguntas e comentários pelo telefone da Ouvidoria do Senado (0800 061 2211) ou pelo Portal e?Cidadania, que podem ser lidos e respondidos pelos senadores e debatedores ao vivo. O Senado oferece uma declaração de participação, que pode ser usada como hora de atividade complementar em curso universitário, por exemplo. O Portal e?Cidadania também recebe a opinião dos cidadãos sobre os projetos em tramitação no Senado, além de sugestões para novas leis. |
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