O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (15) a indicação do diplomata Marcos Bezerra Abbott Galvão para chefiar a embaixada do Brasil na República Popular da China (MSF 54/2021). Ele recebeu 41 votos favoráveis e 3 contrários, e houve 2 abstenções. A relatoria foi do senador Nelsinho Trad (PSD-MS).
Galvão é o atual embaixador brasileiro junto à União Europeia e também já comandou a missão diplomática do Brasil no Japão. Também foi delegado permanente junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) e trabalhou nas embaixadas de Londres (Reino Unido) e Washington (Estados Unidos). No Brasil, trabalhou nos gabinetes dos ministérios da Fazenda e do Meio Ambiente e foi diretor-geral da Fundação Alexandre de Gusmão, vinculada ao Ministério das Relações Exteriores.
A China é o maior parceiro comercial do Brasil, condição que adquiriu em 2009, quando ultrapassou os Estados Unidos em volume de exportações e importações brasileiras. Em 2020 o comércio entre os países ultrapassou os US$ 100 bilhões, com um saldo positivo para o Brasil de mais de US$ 30 bilhões. O pais asiático é também o segundo com mais investimentos no Brasil, em valores que chegam a US$ 80 bilhões.
Na sua sabatina na Comissão de Relações Exteriores (CRE), o futuro embaixador em Pequim defendeu que a atuação dos diplomatas tem a ganhar quando se estabelece uma relação de parceria e proximidade com os parlamentares.
— A nossa atividade é uma atividade política, não é uma atividade técnica. Nós somos políticos não eleitos, legitimados pelo comando de pessoas que são eleitas para comandar. E é importante que os nossos interlocutores lá fora vejam que nós temos respaldo do capital, do setor privado, do governo, do Parlamento. É importante que, quando nós falarmos lá, as pessoas se deem conta de que essa pessoa fala realmente em nome de alguém daqui, e não é apenas um burocrata que está solto lá, cumprindo uma função burocrática.
A embaixada brasileira na China também é responsável pela representação diplomática do país junto à Mongólia. Brasil e Mongólia inauguraram em 2019 uma câmara de comércio bilateral, mas as relações comerciais entre os dois países registraram queda em 2020.
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