A senadora Nilda Gondim (MDB-PB) criticou os planos de venda da Eletrobras, registrando que o patrimônio da estatal, avaliado em R$ 67 bilhões pelo governo, é na verdade de pelo menos R$ 130,4 bilhões. Este foi um dos argumentos utilizados pelo ministro Vital do Rêgo, do TCU, ao votar contra a privatização da empresa nos moldes definidos pelo governo, que foi aprovada pelo tribunal.
A parlamentar lembrou que, em seu voto discordante, o ministro apontou equívocos nas estimativas de preço de energia a longo prazo, no risco hidrológico e na taxa de desconto do fluxo de caixa, elementos que, segundo a senadora, foram desconsiderados no cálculo de precificação realizado pelo governo.
No pronunciamento, Nilda citou a declaração de Vital do Rêgo de que nenhum país cuja matriz energética tenha a hidroeletricidade como parte significativa privatizou seu setor elétrico, dando como exemplos os Estados Unidos, a China, o Canadá, a Suécia, a Noruega, a Índia e a Rússia. A senadora apontou, ainda, que o ministro previu a possibilidade de tarifas menores para o consumidor, se a Eletrobras continuasse estatal.
— O ministro argumentou, também, que as hidrelétricas da Eletrobras já estão completamente amortizadas e depreciadas, mostrando que a população poderia usufruir de uma política de modalidade tarifária promovida pelo governo — disse.
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