A construção de 1 mil moradias pode ser iniciada ainda este ano em Petrópolis, para ajudar a realocar as centenas de famílias que perderam suas casas na última enchente. Os recursos virão, em parte ou totalmente, por meio de ações do governo federal , segundo afirmou, nesta terça-feira (15), o governador do Rio, Cláudio Castro.
“Eu fui ao ministro [do Desenvolvimento Regional] Rogério Marinho, ele prometeu mil unidades. A secretaria de estado de Infraestrutura já está negociando com ele os terrenos. A ideia é mil unidades. Não é uma obra que termine em um ano. Mas já vamos licitar tudo e começar as obras, para entregar o mais rápido possível”, disse o governador.
Cláudio Castro, que vivenciou pessoalmente a tragédia em Petrópolis, onde passou vários dias durante os trabalhos de resgate das vítimas, lembrou que existe um deficit habitacional grande, principalmente nos municípios da serra, que já sofreram outras tragédias com as chuvas, como Teresópolis e Nova Friburgo, atingidas em 2011, quando mais de 900 pessoas morreram.
“Em Friburgo, nós terminamos agora todas as obras da outra crise. As de Teresópolis também avançaram muito, ainda da outra [enchente]. E nós vamos começar agora, até o fim do primeiro semestre, a construção das 350 casas da outra tragédia. Então, 11 anos depois, agora o governo começa a entregar o que já era para ter sido entregue há muito tempo”, reconheceu Castro.
Segundo o governador, só em Petrópolis, estudos indicam que há 25 mil casas construídas em locais de risco. A cidade é essencialmente montanhosa, com poucas áreas planas, e a população, ao longo dos anos, foi ocupando as encostas dos morros. Isso contribuiu para tragédias como as verificadas há um mês no Morro da Oficina e em outros pontos na cidade, gerando 233 mortos e quatro desaparecidos, após as fortes chuvas do dia 15 de fevereiro.
O governador falou com a imprensa durante missa alusiva aos 30 dias da tragédia, realizada nos jardins do Palácio Guanabara, quando foram entregues medalhas aos bombeiros e demais agentes públicos que trabalharam no local.
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