O senador Confúcio Moura (MDB-RO) manifestou, em pronunciamento nesta terça-feira (22), preocupação com o aumento do desmatamento e das queimadas na Amazônia, interferindo no ciclo das chuvas e, consequentemente, na escassez hídrica. Lembrando o Dia Mundial da Água, o senador falou sobre os assuntos discutidos em audiência pública ocorrida na Comissão de Meio Ambiente, em 9 de março.
Na ocasião, relatou o senador, foi revelado pelo biólogo João Paulo Ribeiro Capobianco que a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) constatou que o Brasil tem sido campeão no desmatamento, desde a década de 1990, “ou seja, é o país que mais destruiu florestas nos últimos 30 anos”.
— A atriz e ativista Maria Paula Fidalgo nos alertou que tramitam dois ou três projetos de lei que liberam agrotóxicos proibidos em outras áreas do Brasil e que também abririam, sobre a questão da regularização fundiária, uma porteira muito grande para determinadas ações indevidas — acrescentou.
Confúcio destacou, também, a participação na audiência pública da pesquisadora Ane Alencar, diretora de Ciências do Instituto de Pesquisa da Amazônia, que apresentou dados “catastróficos”.
— Perdemos um terço da nossa vegetação nativa nos últimos 36 anos em razão das ações humanas sobre os recursos naturais e 98% dos alertas de desmatamento no Brasil têm indício de ilegalidade e grande parte deles está na Amazônia — acrescentou.
A audiência pública realizada na Comissão do Meio Ambiente discutiu não somente o desmatamento e queimadas na Amazônia, mas também no Pantanal, no Cerrado e na Mata Atlântica.
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