O senador Jean Paul Prates (PT-RN) propôs, em pronunciamento nesta terça-feira (29), a fusão da Petrobras com a Eletrobras, formando uma única empresa de energia em sentido amplo, que potencialize, por meio da exploração de hidrocarbonetos, a tecnologia de energias sustentáveis. De acordo com o parlamentar, esta empresa seria uma espinha dorsal da atividade energética, em sinergia e parceria com a iniciativa privada.
Jean Paul disse que esse é o modelo adotado, por exemplo, pela Equinor, antiga empresa Statoil, estatal da Noruega. Ela continua estatal, afirmou, só que hoje é uma empresa integrada de energia e de transição energética. Acrescentou que a sua proposta de fusão da Petrobras com a Eletrobrás deve ser refletida pela sociedade, conjuntamente com os trabalhadores e acionistas.
O senador criticou a nova substituição do presidente da Petrobras, dizendo ser mais um capítulo da confusão existente na política governamental para o setor. Ele condenou especificamente o estabelecimento e posterior manutenção da PPI, ou seja, a Paridade de Preço de Importação, que atrela a produção brasileira ao custo praticado na importação e disse que essa política apenas amplia a margem de lucro de alguns acionistas da Petrobras.
Jean Paul criticou tanto a privatização da Eletrobrás quanto a fragmentação da Petrobras e destacou que o Brasil tem vantagens competitivas em relação a outros países, em sua maioria importadores de óleo bruto, que, na sua opinião, "sonhariam em ter uma capacidade de exploração e refino semelhante à nossa".
— A natureza presenteou o Brasil com pelo menos dez Itaipus de potencial de energia offshore. Etanol, biodiesel, hidrogênio sustentável, são todas as alternativas que nos cabe desenvolver e que podem ser alavancadas e aceleradas pelas receitas do petróleo —afirmou.
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