O Plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (6), o nome do economista Renato Dias de Brito Gomes para o cargo de diretor do Banco Central (MSG 86/2021). Foram 48 votos a favor e apenas seis contrários, além de duas abstenções. Diogo Abry Guillen também teve seu nome aprovado no Plenário para a diretoria do Banco Central (MSG 87/2021). Ele recebeu 31 votos a favor e 16 contrários, além de uma abstenção. Renato Gomes e Diogo Guillen já haviam sido aprovados na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), nessa terça-feira (5).
Durante sua sabatina na CAE, Renato Gomes, disse que o Brasil se encontra em um momento de recuperação, após a crise provocada pela pandemia de coronavírus. Para ele, vários fatores determinarão o êxito do país no futuro próximo. Um deles é o bom funcionamento da intermediação financeira: os mercados de crédito, de pagamentos e de capitais.
Renato Gomes, que teve sua indicação relatada pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), tem 41 anos. Ele graduou-se como bacharel em economia em 2002 na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), concluindo o mestrado em 2005 na mesma instituição. Em 2010, concluiu o doutorado na Northwestern University, nos Estados Unidos, e, em 2020, o curso de livre-docência na Universidade de Toulouse, na França.
Foi professor-assistente na Toulouse School of Economics (2010-2017), pesquisador pelo Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS) e pelo Center for Economic Policy Research (CEPR) entre 2015 e 2021. Atualmente, é professor-titular na Toulouse School of Economics, diretor de pesquisa no CNRS e pesquisador associado pelo CEPR.
Suas principais áreas de pesquisa são economia do setor público e economia industrial, com ênfase em regulação dos meios de pagamento, antitruste e defesa da concorrência. Nesse campo, publicou diversos artigos científicos em periódicos acadêmicos internacionais de alto prestígio, como o Quaterly Journal of Economics, Review of Economic Studies, Rand Journal of Economics, Theoretical Economics, dentre outros.
Diogo Abry Guillen tem 39 anos e é formado em economia pela PUC-RJ, onde também concluiu o mestrado. Ele tem doutorado pela Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, e atualmente é economista-chefe da Itaú Asset Management. Antes, atuou como economista-sênior da Gávea Investimentos. Durante sua sabatina na CAE, Diogo Guillen defendeu a autonomia do Banco Central e a política de câmbio.
— Com relação à autonomia, a literatura acadêmica mostra que desvincular o ciclo de política monetária do ciclo político é benéfico. Especificamente sobre o câmbio, ressalto que o câmbio flutuante é a primeira linha de defesa para choques internacionais ou choques idiossincráticos brasileiros, e eu defendo essa condução — afirmou Guillen, que teve sua indicação relatada na CAE pelo senador Esperidião Amin (PP-SC).
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