O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, confirmou em portaria assinada no dia 20 de abril a indicação do economista Daniel Veloso Couri como novo diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI) em substituição a Felipe Salto, que renunciou ao cargo para assumir a Secretaria de Fazenda do governo do Estado de São Paulo.
Couri assume o cargo de forma interina até o final de novembro, quando se encerraria o mandato de Salto à frente da instituição. A partir dessa data, deverá ser iniciado um novo processo de escolha, que definirá quem assumirá o cargo de forma efetiva por quatro anos.
Daniel Couri está na equipe da IFI desde a sua instalação, em novembro de 2016. Inicialmente, compôs o time de economistas da instituição e, em seguida, assumiu como membro do conselho diretor, após sabatina e aprovação no Plenário do Senado. O economista é mestre pela Universidade de Brasília (UnB) e também é consultor de Orçamentos do Senado. Já trabalhou no Tribunal de Contas da União (TCU) e na Secretaria de Orçamento Federal (SOF).
Já Felipe Salto vinha atuando como diretor-executivo da IFI desde a sua instalação. O economista foi responsável por estruturar o órgão e coordenar o trabalho técnico de avaliação das contas públicas, entre outras atividades.
“Ele [Salto] conseguiu, com excelência e uma equipe enxuta, consolidar e transformar a IFI em uma instituição de referência nacional e internacional”, diz a nota emitida pelo conselho diretor da IFI.
De acordo com Daniel Couri, a instituição continuará desempenhando suas funções, buscando sempre ampliar a transparência e a sustentabilidade das contas públicas.
— A gente tem um mandato até o final de novembro para concluir, e temos alguns projetos em andamento que podem ser muito importantes para o futuro da instituição, como, por exemplo, o desenvolvimento de um planejamento estratégico, a elaboração de normas internas para a Instituição Fiscal Independente. A expectativa é de continuar desempenhando um bom trabalho e poder contribuir com o debate em torno das contas públicas. Este é o fim último da IFI: é contribuir para a sustentabilidade das contas públicas, com uma análise que seja independente e apartidária, e acima de tudo técnica. É isso que, ao meu ver, a gente tem conseguido fazer, e o objetivo é manter dessa forma nos próximos meses — disse Couri à Agência Senado.
A Instituição Fiscal Independente foi criada para ampliar a transparência nas contas públicas. Ela divulga estimativas de parâmetros e variáveis relevantes para a construção de cenários fiscais e orçamentários, além de analisar a aderência do desempenho de indicadores fiscais e orçamentários às metas definidas na legislação pertinente. A IFI também procura mensurar o impacto de eventos fiscais relevantes e projetar a evolução de variáveis fiscais determinantes para o equilíbrio de longo prazo do setor público.
A instituição produz o Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF), de periodicidade mensal, que apresenta avaliações conjunturais sobre macroeconomia; receitas e despesas públicas; e o ciclo orçamentário. Duas vezes por ano, o relatório também apresenta atualizações das projeções macrofiscais da IFI para os próximos anos, na forma de cenários base, otimista e pessimista. Esses cenários são simulados pela instituição a partir de pressupostos para os parâmetros orçamentários, incluindo o Produto Interno Bruto (PIB), a inflação e a taxa de juros. Como resultado, são apresentadas trajetórias para os indicadores fiscais, como o resultado primário e a dívida bruta.
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