Durante a reunião desta segunda-feira (2) da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado, o presidente do colegiado, Humberto Costa (PT-PE), fez uma homenagem ao Dia do Trabalhador, celebrado em 1º de maio. Ele elogiou os trabalhadores brasileiros, mas lamentou o que chamou de "governo de desmonte", que, segundo ele, atua para tirar "o básico de trabalhadores e trabalhadoras que fazem o nosso país crescer”.
— O passado está assombrando o presente. Os direitos conquistados estão sendo permanentemente ameaçados — declarou o senador na abertura da reunião.
Humberto Costa afirmou que atualmente, sob o governo de Jair Bolsonaro, os trabalhadores estão retornando "ao status quo de outrora", perdendo direitos conquistados com muita luta, que vêm sendo retirados. Além disso, ele apontou a existência de trabalhadores em condições de escravidão, ainda nos dias de hoje, como outro motivo de tristeza durante as comemorações do Dia do Trabalhador. Mas o senador reiterou que é necessário continuar a luta pelos direitos dos trabalhadores.
O presidente da CDH também criticou as “manifestações golpistas” ocorridas em várias cidades neste domingo (1º). Ele classificou as manifestações em favor do presidente Jair Bolsonaro como “antidemocráticas”, disse que existe uma ideia de golpe dentro do Executivo federal e defendeu a postura de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em defesa da democracia.
A senadora Zenaida Maia (Pros-RN) apoiou as declarações de Humberto Costa. Ela afirmou que o governo federal se distanciou das "questões reais" do país, como desemprego, inflação e endividamento. De acordo com a senadora, Bolsonaro provoca "polêmicas fabricadas" para desviar a atenção das preocupações que realmente importam. Ela também reafirmou seu compromisso de atuar em favor dos direitos dos trabalhadores.
— Estamos do lado da legalidade e da democracia — ressaltou Zenaide.
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