O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) criticou as declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o aborto - que “deve ser transformado em uma questão de saúde pública” e que todo mundo deve “ter direito e não ter vergonha”. O parlamentar lembrou que, face à grande repercussão negativa, Lula disse que pessoalmente é contra o aborto.
Após dizer que o Partido dos Trabalhadores tentou legalizar a interrupção da gravidez ainda no primeiro governo Lula, em 2005, “no mesmo ano em que veio à tona o escândalo do mensalão”, Girão afirmou que essa questão do aborto é crucial, e que não admite meio-termo.
— Ou se é a favor da vida, ou se é a favor do aborto, que é a morte, ou seja, do assassinato de uma criança indefesa pelos próprios pais. Não existe crime mais hediondo. O aborto, além de matar o bebê, também provoca sérias sequelas físicas, emocionais, psicológicas e espirituais à mulher — destacou.
O senador afirmou que as mulheres que fazem aborto ficam com uma propensão maior a desenvolver problemas, como síndrome do pânico, crise de ansiedade, envolvimento com álcool e drogas e até suicídio.
Para ele, o caminho nunca será o da legalização do aborto, mas sim o apoio à mulher, a responsabilidade do pai e o apoio à adoção. Girão lembrou, por último, as informações de que a Suprema Corte dos Estados Unidos poderá mudar a lei que legaliza o aborto naquele país.
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