O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) informou, em pronunciamento feito nesta quarta-feira (1), que enviou ofícios ao Ministério das Relações Exteriores e à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sobre os atos de racismo sofridos por jogadores do Ceará Sporting Club e do Fortaleza Esporte Clube durante partidas realizadas na Argentina pela Copa Sul-Americana e pela Copa Libertadores da América. Ele afirmou que seu objetivo foi mostrar a indignação dos cearenses e solicitar ações efetivas para educar e conscientizar atletas, clubes, torcedores e a sociedade como um todo.
Girão lembrou que a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) lançou recentemente a champanha “Basta! Chega de racismo no futebol”. O senador também informou que a multa para tais atos aumentou de US$ 30 mil para US$ 100 mil e que o órgão judicial competente poderá impor a sanção de se disputar um ou mais jogos com os portões dos respectivos estádios fechados ou com o bloqueio parcial do estádio.
— Na minha visão, isso ainda é pouco. É preciso fazer mais. Além de multas, [deve acontecer] a perda do mando de campo, assim como a identificação dos torcedores racistas, que devem no mínimo ser impedidos de frequentar os estádios onde quer que seja — afirmou.
Girão destacou que o Senado aprovou, em 2021, projeto de lei que equipara os crimes de injúria racial ao crime de racismo (PL 4.373/2020). Essa proposta está em análise na Câmara dos Deputados.
Mín. 20° Máx. 26°