O Senado Federal está realizando uma série de ações em comemoração aos 200 anos da Independência do Brasil. No âmbito dessas celebrações, a TV Senado iniciou o mês de agosto com a estreia de uma nova programação que, além de tratar do tema em suas entrevistas e reportagens, traz também a estreia de novos programas e documentários, além da adoção de uma identidade visual especial em alusão ao bicentenário.
Entre os programas está a série de entrevistas Que Brasil é este?, com a participação de pensadores e lideranças que analisamos país em conversa com a jornalista Renata de Paula, da TV Senado. A grade tem ainda estreias como o É assim que a gente fala!, com o jornalista Fernando Rocha, sobre curiosidades dos sotaques e das bandeiras de cada estado. Além disso, a TV Senado está dedicando boa parte da sua grade a serviços com informações sobre as eleições.
Na avaliação da diretora-geral da Casa, Ilana Trombka, o Senado tem assumido sua responsabilidade como instituição pública ao fazer uma programação de celebração que leve a sociedade a não apenas refletir sobre todo processo que culminou com a independência do Brasil e os seus efeitos até hoje. Para ela, é uma oportunidade também para lançar um olhar em direção ao país que se quer nos próximos 200 anos.
— E a gente precisa compartilhar essa reflexão. E aí vai nossa posição quanto Senado Federal, enquanto órgão público, quanto instituição, como membro do Poder Legislativo. Nós somos a representação e portanto é também nossa obrigação compartilhar, ter iniciativas para levar a todos e todas as reflexões sobre os 200 anos e por isso temos projetos que circulam o Brasil, tanto virtualmente, como fisicamente. Para motivar outros para essa reflexão — enfatizou.
A diretora da Secretaria de Comunicação Social do Senado (Secom), Érica Ceolin, observou que a TV Senado não poderia “ficar de fora desse espírito cívico que está presente fortemente nesse segundo semestre”. Para ela, a credibilidade da emissora reforça o papel institucional de levar informação e conhecimento de qualidade, destacando a importância desses eventos para a história do país. A diretora destaca que a TV Senado tem contribuído para distribuir notícias confiáveis, que contrapõem a boatos que se propagam pela internet.
— Somos procurados para as pessoas saberem se dada informação é verdadeira, se é de fato confiável. Então a gente tem a possibilidade de fazer chegar a informação a muito mais pessoas, um blog no Norte do país, uma rede social que queira reproduzir o programa. Não vai ter custo e pode pegar informação da TV Senado e multiplicar — disse Érica, referindo-se ao papel da TV Senado de distribuir a outros canais de comunicação pelo país os conteúdos produzidos no Senado. Por isso, é natural que a TV Senado contribua também para a reflexão que acompanha o bicentenário da independência.
Segundo o diretor da TV Senado, Érico da Silveira, essa nova programação tem sido pensada desde o ano passado com o objetivo de estudar o processo histórico de independência e desenvolvimento do país a partir do bicentenário.
— São estúdios e cenário novos e também toda modernização da nossa identidade visual. Já está no ar a nossa interprogramação também, que é o que corresponde ao nosso intervalo comercial. Ela está totalmente renovada: vinhetas, aberturas, campanhas, tudo está de cara nova. Eu destaco, na interprogramação, os programas curtos que são muito bons para uso na televisão e também em redes sociais. Nesses programas curtos eu queria destacar os programas documentais que a gente fez em animação e que enfatizam o momento histórico da independência (…) Essa nova programação da TV Senado está bem preocupada em falar com o Brasil bem lá nos estados, onde o Brasil acontece, se aproximando mais da população. Nada melhor para comemorar esses 200 anos do que falar de perto com a população do Brasil — disse Silveira.
Olhar sobre o Brasil
Novo programa de entrevistas, a série Que Brasil é este? apresenta o olhar de líderes e pensadores sobre os 200 anos da independência, com um olhar para o acontecimento histórico. Relatos de época mostram que a independência não se parece nada com o que foi retratado no consagrado quadro do pintor Pedro Américo, O Grito do Ipiranga (ou Independência ou Morte): Dom Pedro I elegantemente vestido, cercado de guardas que viriam a se tornar os Dragões da Independência.
Os entrevistados falam sobre o que realmente aconteceu em 7 de setembro de 1822, o contexto histórico do país que nascia, e o protagonismo de uma mulher, a imperatriz Leopoldina, praticamente apagado da história. Tratam também das consequências que o país enfrenta até hoje em função do modelo econômico e cultural baseado na monocultura sustentada por trabalho escravo. Democracia, política, esporte, direitos humanos, povos indígenas e a felicidade do brasileiro também estão presentes nas entrevistas de Renata de Paula.
A jornalista entrevistou os escritores Laurentino Gomes, Lucas Figueiredo e José Roberto Torero, a empresária Luiza Trajano, a jovem liderança indígena Txai Suruí, o neurocientista Sidarta Ribeiro, a filósofa Sueli Carneiro e a esportista Ana Moser, entre outros. A série vai ao ar toda segunda-feira, às 20h, com reprise às sextas-feiras, às 21h.
Sotaques
Já o É Assim que a Gente Fala! é um programa de dois minutos, produzido em parceria com o jornalista Fernando Rocha. Num primeiro momento o programa fala sobre o sotaque próprio de cada estado brasileiro. Depois, em outros episódios, trata sobre a história das bandeiras de cada uma das 27 unidades federativas.
Em tom bem humorado, o jornalista Fernando Rocha conversa com nativos de cada estado pra descobrir as peculiaridades que fazem do Brasil um país tão diverso. A série será exibida nas divisões dos três turnos, com cerca de cinco inserções diárias. Ele explicou como foi a experiência de fazer essa série.
— Toda nossa equipe está muito feliz de participar desse projeto, que é uma investigação da forma de falar em cada canto deste país. A gente encontrou muitas surpresas. Uma delas foi perceber, por exemplo, que o sotaque nordestino não é um só. Ele tem muita variedade. Brasília, nossa capital, tem sotaque sim. O Espírito Santo também tem o seu sotaque. A gente descobriu que 'égua' é quase uma vírgula lá nos estados do Norte, mas existe 'égua' também em Santa Catarina, no Sul do Brasil. A gente encontrou gente muito orgulhosa de falar desse patrimônio imaterial que é o nosso jeito de falar — afirmou o jornalista.
Campanha Bicentenário
A nova campanha institucional da TV Senado também tem como foco a independência do Brasil. Dirigidas pelo cineasta e servidor Jimi Figueiredo, as cinco peças de 30 segundos apresentam personagens da nossa história e contam de maneira lúdica como eles estão relacionados ao processo de independência do país. Maria Quitéria, Leopoldina e Dom João são algumas das figuras históricas que são retratadas nos programas.
Documentários
A TV Senado ainda estreia uma nova temporada de documentários que discutem o Brasil, da sua história até sua contemporaneidade. Filmes como Conterrâneos Velhos de Guerra e o premiado Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos compõem a programação neste segundo semestre.
Além disso, a TV Senado está de cara nova. A identidade visual foi alterada e pode ser observada nos intervalos do canal, nas vinhetas dos programas e nos novos cenários. O objetivo é destacar ainda mais os eventos e reflexões a partir da programação em comemoração dos 200 anos da Independência do país e cumprir melhor sua missão de aproximar o Senado do cidadão, a serviço da democracia.
A TV Senado foi a primeira TV legislativa do país. Hoje, chega a 80 milhões de pessoas e a mais de 60 cidades com sua transmissão de TV aberta digital, que está em expansão, com o potencial de chegar a mais de mil cidades.
Comunicação
Todos os canais de comunicação do Senado Federal estão produzindo material especial sobre o bicentenário da Independência do Brasil. Todo o conteúdo está concentrado numa página hospedada no site do Senado que reúne notícias, livros, programação de eventos e o website Itinerários Virtuais da Independência, que oferece conteúdo interativo para quem quer se aprofundar no conhecimento da história do país.
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