O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) afirmou em pronunciamento que o Brasil acordou triste nesta quarta-feira (10) depois que os procuradores e ex-procuradores que atuaram na força-tarefa da Operação Lava Jato, incluindo Deltan Dallagnol, foram condenados a devolver aos cofres públicos o dinheiro relativo ao pagamento de diárias recebidas durante a operação.
O caso, que teve como relator o ministro Bruno Dantas, foi julgado na terça-feira (9) pela Segunda Câmara do Tribunal de Contas da União (TCU).
O valor da condenação soma quase R$ 3 milhões, disse Girão. O senador acrescentou que a decisão do TCU contrariou 12 pareceres do Ministério Público Federal e do Ministério Público que atua junto ao Tribunal de Contas da União, que ressaltam a regularidade dos pagamentos e os equiparam aos efetuados a juízes convocados para atuar no Supremo Tribunal Federal (STF).
— Segundo o Portal Metrópoles, ele mesmo, o Bruno Dantas, já gastou este ano R$ 261 mil com diárias e passagens aéreas para inúmeros países. Dinheiro nosso, dinheiro do pagador de impostos, do empreendedor, disse o senador.
De acordo com Girão, outros três ministros da Segunda Câmara do TCU que participaram do julgamento foram investigados pela Lava Jato.
— Isso já é suficiente para demonstrar que essa condenação é mais um capítulo sórdido de perseguição explícita, com requintes de vingança aos policiais, aos juízes e procuradores responsáveis pela força-tarefa, o maior legado histórico no enfrentamento a essa chaga da corrupção, que deixa o nosso país de joelhos para o mundo, lamentou.
Girão defendeu ainda o fim de indicação política para os cargos de ministros do TCU, do STF e do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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