O senador Otto Alencar (PSD-BA) disse que o Brasil terá papel fundamental no fornecimento de ativos ambientais no mercado global de créditos de carbono. Em pronunciamento ressaltou, nesta quarta-feira (23), o potencial do País, considerando o patrimônio florestal e a matriz energética baseada em energias renováveis.
O parlamentar destacou que, do ponto de vista econômico, o mercado mundial de crédito de carbono é considerado vantajoso para o Brasil, pois tem capacidade de gerar receitas líquidas de aproximadamente R$ 72 bilhões até 2030 e a previsão é de se chegar a um quantitativo de até R$ 100 bilhões em 2035.
Para Otto, o Brasil precisa urgentemente ter sua própria legislação sobre mercado de carbono. Ressaltou a importância da votação do projeto de lei que regulamenta o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE) de gases que provocam o efeito estufa (PL 412/2022), do ex-senador Chiquinho Feitosa (DEM-CE), cuja deliberação pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) está prevista para a próxima semana
— Esse Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE) é um dos instrumentos da política nacional sobre mudança de clima que deverá, inclusive, ser operacionalizado nas bolsas de mercadorias e futuros, nas bolsas de valores e entidades de balcão organizado, autorizadas pela CVM. É fundamental a adoção de medidas que induzam a atividades e projetos com menor emissão de carbono, mercado importante porque precifica o custo do carbono, ao mesmo tempo em que incentiva o novo perfil econômico baseado nas atividades que emitem menos gases de efeito estufa — argumentou.
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