O senador Paulo Paim (PT-RS) lamentou, em pronunciamento nesta quarta-feira (30), que o sistema previdenciário brasileiro esteja sofrendo com a falta de uma gestão capaz de garantir aos segurados o cumprimento de prazos para atendimento e concessão de benefícios. Por isso, ele informou que as entidades ligadas ao setor pediram a recriação do ministério da Previdência Social pelo governo eleito como forma de resolver esse problema.
Segundo o senador, há 5 milhões de processos parados no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Essa situação, segundo ele, prejudica idosos, pessoas com deficiência, pensionistas e trabalhadores que precisam de perícia.
De acordo com auditoria do Tribunal de Contas da União, em 2015, o tempo médio para concessão do Benefício de Prestação Continuada para pessoas com deficiência era de 78 dias. Em 2020, saltou para 311 dias. Para os idosos, o tempo passou de 41 para 86 dias, nesse período, citou Paim.
— Se nada for feito, estaremos vendo a previdência pública ser desconstruída. É uma questão de gestão, de administração. Isso não pode acontecer. A previdência é um patrimônio do povo brasileiro, conquistado na constituinte, disse.
Paim aproveitou o pronunciamento para defender também uma reestruturação do Sistema Único de Saúde. Para ele, é preciso rever a tabela do SUS, com novos valores de remuneração de instituições conveniadas. O senador ainda lamentou que haja 11,6 milhões de cirurgias represadas.
Paulo Paim se solidarizou com a deputada federal Benedita da Silva. Segundo ele, a parlamentar foi vítima de racismo no aeroporto de Brasília. Na opinião do senador, esse ato é desumano e, por isso, o país precisa reagir.
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