O senador Paulo Paim (PT-RS) cobrou, em pronunciamento nesta terça-feira (23), o reajuste da tabela de incidência do Imposto de Renda para pessoa física. Segundo ele, desde 2015 não ocorre correção, além de haver perdas inflacionárias acumuladas de anos anteriores. Para Paim, é necessário que a estrutura tributária brasileira seja mais justa, com mais cobrança de quem possui uma renda maior.
— Segundo estudo realizado pelo Sindicato dos Auditores Fiscais (Sindfisco), a defasagem na tabela é de 113,09%. Isso significa que a atual isenção salarial para os que possuem um ganho mensal de em torno de R$ 1.903 deveria passar para R$ 4.022. Mais uma vez a lógica se inverte, os brasileiros que recebem salários mais baixos são os mais afetados pela defasagem — afirmou.
O senador disse que o Brasil precisa de uma política fiscal mais equilibrada, de forma a minimizar os efeitos sobre as classes sociais mais baixas. Ele citou o PLS 46/2018, do qual foi relator, que tem o objetivo corrigir a tabela de incidência do Imposto de Renda da pessoa física. De autoria do senador Lasier Martins (Podemos-RS), a proposta está na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Paim ressaltou ainda a necessidade de realizar uma reforma "tributária, solidária e progressiva" no país. Para o senador, outra questão que afeta os mais pobres é a forte tributação sobre o consumo, o que agrava a desigualdade social e distancia o país ainda mais de uma distribuição mais justa da carga tributária.
— A correção não apenas beneficia o bolso do trabalhador, como também aumenta o poder de compra dos assalariados, com isso contribui para que a roda da economia seja acionada e todos ganhem. Ou seja, é benéfico também para a economia do país porque aumenta o consumo — argumentou.
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