Em pronunciamento, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) criticou, nesta terça-feira (23), a decisão dos governadores, inclusive do estado que ele representa, o Ceará, que desativaram “em massa”, segundo o parlamentar, os hospitais de campanha construídos para desafogar a rede pública de saúde durante a pandemia de covid-19. Segundo Girão, “qualquer adolescente sabia que iríamos enfrentar uma segunda onda da covid-19”.
— Esta segunda onda, como falei, todo mundo sabia que iria acontecer. Então, a Procuradoria Geral da República (PGR), de forma extremamente responsável, através da subprocuradora Lindôra Maria Araújo, pediu informações aos estados federados para identificar quantos hospitais foram construídos e quais os motivos para terem sido desativados. É muito importante estarmos atentos ao desenrolar disso, porque existe aí, no meu modo de entender, crime, omissão de socorro, crime de responsabilidade e até crime contra a humanidade. Isso que aconteceu é, realmente, algo absurdo. Foram R$ 420 bilhões repassados pela União, em julho do ano passado, a estados e municípios para aplicarem no enfrentamento da pandemia — declarou.
Preocupado com a situação da população, o senador espera que os questionamentos feitos pela PGR sejam respondidos o "mais rápido possível", já que a subprocuradora deu prazo até 19 de março. Girão disse, ainda, que essas informações servirão para "estabelecer a verdade”. O senador cearense acrescentou que o Senado já aprovou, em 10 de fevereiro, o PL 4.844/2020, da senadora Rose de Freitas (MDB-ES), que tem o “objetivo de evitar a falta de assistência à população durante a pandemia”, proibindo a desativação de hospitais de campanha.
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